As Transformações e os Benefícios do Jejum

Quase todos os cristãos com os quais tenho conversando, tem tido questões ou alguma má concepção acerca do jejum. Acredito que poderíamos dizer que o jejum é um dos mais incompreendidos assuntos nas Escrituras Sagradas. Você perceberá isto quando começar a descobrir e desfrutar os inacreditáveis benefícios que alcançamos através do jejum à luz da Palavra de Deus. Existem 12 benefícios específicos no “jejum escolhido por Deus”.Leia no livro de Isaias:

“Porventura não é este o jejum que escolhi? Que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? E que deixes livres os quebrantados, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?
Então romperá a tua luz como a alva,  e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.’
Então clamarás, e o Senhor te responderá: gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui: se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o  falar vaidade.
E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita: então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia.
E o Senhor te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás os fundamentos de geração em geração: e chamar-te-ão reparador de brechas.
(Is 58: 6-12)

Isaías 58 é um dos melhores capítulos da Bíblia no que diz respeito a este assunto. Eu poderia meditar neste capítulo por horas; ele é maravilhoso. Existem pelo menos 12 benefícios específicos do “jejum que Deus escolheu” listados nessa passagem:
1. Revelação
2. Cura e integridade
3. Justiça
4. A presença da Shekinah de Deus
5. Orações respondidas
6. Direção da parte do Senhor
7. Contentamento
8. Refrigério
9. Força
10. Encorajamento
11. Futuras gerações serão levantadas
12. Restauração
Como o jejum de fato funciona? Eu não conheço todas as respostas porque este é, sem dúvida, um dos maiores “mistérios” de Deus, mas creio que posso compartilhar o que tenho aprendido com o Senhor. De uma coisa podemos ter certeza: os demônios ficam muito desconfortáveis quando começamos a orar e a jejuar. As Escrituras Sagradas nos revelam que muitas doenças, moléstias, problemas mentais e comportamentos crônicos que afligem a Humanidade são instigados ou perpetuados por forças demoníacas. Estas forças também buscam obstacular o povo de Deus trazendo tormentas, procurando mantê-lo à parte da vida de Deus.
Eu sempre recomendo às pessoas que estão buscando cura divina, jejuarem antes de virem para os nossos cultos de cura e libertação. Aqueles que têm aceito este conselho, freqüentemente, recebem a cura sobrenatural do Senhor rapidamente. Também cos-tumo dizer às pessoas que a observação do jejum é importante pois demonstra a determinação do irmão ou da irmã de serem tocados pelo Senhor (Aquele que é a fonte de todo o poder). Demônios não podem ficar por perto por muito tempo quando uma pessoa jejua. Isto se deve ao fato de que o jejum diante do Senhor cria uma atmosfera completamente diferente, propiciando assim, o “fluir” mais fácil do Espírito Santo de Deus e o repelir de forças e espíritos malignos. É por esta razão que os demônios ficam incomodados ou desconfortáveis ao derredor de pessoas que possuem em suas vidas a prática do jejum.
Qualquer pastor, ou ministro, que esteja engajado em algum tipo de ministério de cura e libertação deve fazer da prática do jejum uma parte integrante do seu estilo de vida. Ora, irmãos, o desenvolvimento espiritual pode ser comparado ao atleta que busca o exercitar os seus músculos em uma academia de ginástica. À medida que você jejua e busca a face do Senhor, Ele começará a implantar em você autoridade. Isto o conduzirá a uma profunda Intimidade com Ele e, sem dúvida, os demônios irão reconhecer e temerão.
Eu me recordo de um telefonema que recebi em 1973 de
dois pastores que me diziam: “Irmão Mahesh, nós estávamos orando
pois um homem homossexual e de repente, um demônio começou
a falar através dele! Estamos como medo, o que devemos fazer ?”
Então eu disse: “Bom, então expulsem o demônio dele!”
Mas eles me responderam que estavam com medo. “Mas vocês são pastores !”  – eu disse. O homem do outro lado da linha persistiu: “Por favor, venha aqui e nos ajude.” Finalmente concordei em ir ajudar aqueles irmãos.
Dirigi-me imediatamente para a casa onde se encontravam e, abrindo a porta da frente, os encontrei escondidos na dispensa! Então lhes perguntei: “O que vocês estão fazendo aí?” Eles se dirigiram para a outra parte da casa e disseram, com voz trêmula: “Ele está lá fora”.
Eu tinha acabado de sair de um período de jejum, então entrei dentro do recinto onde aquele homem se encontrava. Ele havia sido homossexual por 18 anos e quando entrei o vi em pé numa posição de afronta como se esperando uma chance para inti-midar mais alguém. Percebi claramente que o demônio estava manifesto em seu corpo. Era fácil ver isto, pois o seu semblante se transformara por completo em uma horrenda máscara diabólica. Logo que me viu falou  com aquela voz demoníaca: “Oh, mais um homem. Vem aqui, eu gostaria de me relacionar com você.” De-pois de ouvir aquela vós maligna, chegou a minha vez de abrir a minha boca no poder do Espírito Santo:
“Você quer se relacionar comigo? Pois eu vou lhe dizer o que as Escrituras dizem: “Se andarmos na luz, como na luz Ele está, temos comunhão uns com os outros , e o sangue de Jesus Cristo, seu filho nos purifica de todo pecado. “
“Agora eu lhe pergunto, demônio, você pode dizer: ‘0 San-gue de Jesus tem poder? `(Aquela coisa apenas soltou um res-mungo. Aquele tom de voz horripilante desapareceu imediatamente). Mais uma vez eu disse: “Demônio, diga: ‘0 Sangue de Jesus tem poder!’ Depressa, agora!”
As mãos daquele homem começaram a se contorcer e eu podia literalmente ouvir o “ranger” de seus ossos. Os seus tornozelos começaram a se contorcer de uma maneira estranha e aquele pobre homem caiu no chão, rolando de um lado para o outro. Então ordenei àquele espírito: “Pare com isto agora e repita: ‘0 Sangue de Jesus tem Poder.’ Diga isto agora!” – Finalmente ele começou: O san…, o san…” – aquele homem parecia regurgitar e o demônio, soltando um grito, o deixou.
Mais de cinco anos depois retornei àquela cidade e, estan-do hospedado em um hotel, um homem bateu em minha porta. A sua fisionomia era bem familiar. Porém, a última vez que eu o tinha visto há cinco anos atrás, ele rolava pelo chão enquanto dois ministros escondidos apavorados acotovelavam-se dentro de uma pequena dispensa. Desta vez, no entanto, a sua voz soava branda e firme: “Irmão Chavda, eu gostaria de te apresentar alguém. Após apresentar aquela linda jovem, ele disse: “Nós estamos casados por cinco anos, e gostaria que você soubesse que quando você orou por mim naquele dia, eu fui totalmente liberto. Agora estou casado e os meus ‘desejos’ são normais. Glória a Deus! Ele é o meu libertador.”
Em uma outra ocasião estava ministrando em um culto dominical em uma cidade universitária. Eu tinha acabado de terminar mais um período de jejum e oração, e o culto estava simplesmente maravilhoso naquele enorme prédio da igreja. O altar era tão grande que facilmente poderia acomodar centenas de pessoas simultaneamente. Senti o desejo de abençoar a audiência, então chamei todos para subirem até onde eu estava. O Senhor começou a se mover e a manifestação do Espírito sobre aquelas pessoas foi grandiosa. No momento em que eu ministrava, o Espírito do Senhor me deu uma palavra e imediatamente a comuniquei àquela audiência: “O Senhor está me dizendo que existem 12 homossexuais e lésbicas aqui. Se você levantar a sua mão e se arrepender agora, o Senhor libertará a cada um de vocês.”
Doze mãos se levantaram instantaneamente. Oito daquelas pessoas eram lésbicas e no momento em que levantaram as mãos, a Impressão que tivemos foi que, de maneira sobrenatural, elas foram jogadas ao chão com o golpe de um martelo gigante. Eu tinha certeza em meu coração que o Senhor queria fazer algo mais naquelas vidas. Dirigi-me, portanto, para onde aquelas pessoas estavam caídas. Eu não sabia nada sobre lésbicas. Pensava somente que todas possuíam um corte de cabelo masculino, vestiam jeans e perturbavam todos ao redor. Uma mulher jovem em particular, confessou que ela era lésbica, porém, evitava demonstrar aquele estereótipo usual. Ela era uma linda garota de 21 anos de idade, loura e saudável. Quando olhei para ela, a sua tão gentil fisionomia se tornou terrivelmente sombria.
Disse então àquela garota: “Você foi liberta de um demônio de morte. Você tentou cometer suicídio recentemente, não tentou?” Ela começou a chorar amargamente e dobrando as mangas de sua blusa, mostrou-me recente cicatriz nos punhos, quando duas semanas antes, havia tentado cometer suicídio.
Pouco mais de um ano depois quando voltei àquela igreja, me alegrei muito em ver aquela linda jovem servindo no grupo de louvor. Ela correu para mim e com um grande sorriso mostrou-me uma fotografia e disse-me: “Gostaria que você soubesse que me casei a três semanas atrás e este é o meu esposo. Estamos juntos, servindo ao Senhor.”
Caro leitor, o meu desejo é que o Senhor lhe abra, os olhos espirituais para ver as pessoas que estão cativas ao seu redor. Elas estão arruinadas, machucadas e vivendo desesperadamente sob ter-ríveis influências diabólicas. Os psicólogos ou os psiquiatras não podem ajudá-las. A Palavra de Deus nos diz, de maneira bem clara, que determinadas  “castas” não serão expulsas com um simples comando em nome de Jesus elas não sairão exceto, através da oração e do jejum. Meu amigo, é isto que o Senhor está nos ordenando a fazer. Você está disposto a pagar o preço para trazer liberdade aos cativos? É seu desejo liberar palavras de libertação em sua igreja, em sua vizinhança ou cidade?
Não podemos estar satisfeitos com o que temos alcançado no Senhor. Existem terríveis jugos escravizando vidas preciosas em nossas cidades. O meu desejo é ver a Igreja de Jesus Cristo se levantando com poder e autoridade. Estou farto de vê-los ferindo se mutuamente devido à “divergência de pontos de vista”, enquanto existem tantas necessidades ao nosso redor precisando ser priorizadas. O nosso chamado é para trazer libertação aos cativos e O Senhor já nos tem dado todas as armas necessárias para, em Seu nome, jogar por terra toda e qualquer fortaleza.
Todos aqueles que estão em busca de libertação do pecado ou algum tipo de debilidade física devem estar perseverantes diante do Senhor. Se, por exemplo, um pai quer ver seu filho curado de alguma moléstia ou liberto de alguma opressão maligna, será necessário que ele persevere naquilo que busca do Senhor. Se, de fato, se humilhar e perseverar diante do Senhor e jejuar por ele mesmo e por seu filho, o caminho da cura ou libertação se tornará mais fácil de ser experimentado ou ministrado.

Por que jejuamos?
Compilei abaixo uma lista de nove razões bíblicas para jejuarmos.É bom lembrar que esta lista não tem necessariamente um paralelo com a lista de 12 benefícios do jejum listado em Isaías 58. Muitos destes pontos vão se encaixar em áreas de nossa vida com Cristo, além disto responderão à maioria das questões, sobre as quais, tenho sido procurado nas últimas duas décadas.

1. Jejuamos em obediência à Palavra de Deus.
A prática do jejum está intimamente relacionada com a Palavra de Deus. Se lermos as Escrituras com o devido cuidado, perceberemos que ela foi um instrumento de vitória para líderes no Antigo e no Novo Testamento. Desta maneira, se o registro bíblico é digno de nossa confiança e um princípio a ser seguido, então podemos afirmar que “os vencedores jejuam e os derrotados não”.

“Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Voltai para mim de todo o vosso coração, com jejum, com choro e com pranto. (J12: 12)”.
“Antes, como ministros de Deus, recomendamo-nos em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido. (2 Cr 6:4-6)
“Respondeu-lhes Jesus: Podem estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias, porém, virão em que o noivo lhes será tirado, e nesse dia jejuarão. (Mt 9:15)”.

2. Nós jejuamos para nos humilharmos diante do Senhor e obtermos a Sua graça e poder.
Como precisamos da graça de Deus! Você está consciente de que precisa da provisão e do poder de Deus para executar a obra que o Senhor colocou em seu coração? – Ora, todos somos carentes de Sua contínua provisão para possuirmos uma vida vitoriosa em nosso dia a dia. Seria então penoso demais jejuar pelo menos uma vez por semana com o objetivo de manter os “canais” de sua vida limpos? O nosso irmão Tiago deixou bem claro este ponto. Se você quiser poder e graça da parte de Deus você precisa se humilhar: “Humilhai-vos perante o Senhor e ele vos exaltará”.(Tg 4:10) O Espírito Santo é chamado de Espírito da graça. Se você almeja este glorioso Espírito da graça operante em sua vida, o caminho é simples, humilhe-se “debaixo de Sua poderosa mão”.(Estaremos tratando com mais profundidade este tema no capítulo 5).

3.   Nós jejuamos para obtermos vitória sobre tentações e ataques que nos impedem de estarmos nos movendo no poder de Deus.
Se a unção do alto não está fluindo através de sua vida, isso é um bom indicativo que você precisa introduzir em sua vida o jejum e a oração. Chegado está o momento de limpar o “canal” para o mover livre do Espírito de Deus através de você. Mais uma vez voltemos para Aquele que tem o padrão de estatura de varão perfeito, o grande Autor de nossa fé, Jesus. De acordo com o Evangelho de Lucas capítulo 4, o Senhor saiu do deserto, da tentação no “Poder do Espírito Santo”.Se você deseja o mesmo, siga-Lhe os passos, faça o que Ele fez. O evangelho nos relata que Jesus não comeu nada por 40 dias sendo, por todo este tempo tentado pelo diabo; todavia, o ponto alto do ataque de satanás foi no momento em que o Senhor se encontrou faminto.

4.   Jejuamos para nos purificarmos do pecado (e nos tornarmos aptos para ajudar outros no caminho da consagração).
De acordo com as Escrituras Sagradas, Jesus Cristo tirou todo o pecado do mundo na cruz do Calvário. Sim, isto é, sem duvida, uma realidade gloriosa. Contudo muitos de nós ainda vivemos “Cercado” ou “embaraçados” por pecados e parece que por mais que nos esforcemos e os evitemos, eles continuam nos assediando e trazendo frustrações. Esta tem sido a realidade da sua vida ? – Na verdade, nosso Deus, sendo conhecedor de nossa natureza providenciou de antemão provisão para sermos, não somente vencedores sobre o pecado em nossas vidas, mas também aptos para nos posicionarmos na brecha da intercessão por outros. Se existe algum mal hábito ou pecado “crônico” em sua vida que ainda insiste em mantê-lo longe daquilo que o Senhor tem preparado para você, saiba que é hora de humilhar a sua alma no jejum e na oração, e o Senhor o purificará completamente. Uma vez purificado e andando no poder do Espírito, esteja de prontidão para o momento e que o Senhor o levantará em intercessão para a vida de outros. Um outro modelo desta prática, além de Jesus Cristo, foi o profeta Daniel:

“Eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e rogos, com jejum, e saco e cinza
E orei ao Senhor meu Deus, e confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas o concerto e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; Pecamos, e cometemos iniqüidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos. “
(Dn 9:3-5)

Podemos, sem dúvida, usar este modelo de oração para nossa
congregação, por nossas crianças e até mesmo por nossa cidade e
nação. Daniel está confessando que eles, a nação inteira havia saído dos caminhos do Senhor e, o motivo de estarem vivendo em
tamanha derrota, foram os pecados e as transgressões cometidas
pelo seu povo. Ora, Daniel foi um dos homens mais justos de sua
geração! Ele foi aquele homem, que com ousadia e fé, tapou a
boca dos leões e humildemente confessou: “Senhor, nós pecamos”.
Por muitas vezes, tenho compartilhado este princípio com
pastores que protestam dizendo: “Você não entende! Estamos bem.
Estamos hoje em um novo contexto, estamos vivendo na
dispensação da graça”.Eu os ouço e simplesmente digo: “Vocês é
que não entendem, estamos bem, vivemos na dispensação da graça, mas nossas cidades, o nosso país, as nossas nações estão vivendo de migalhas! Precisamos tomar sobre nossos ombros este encargo e orar assim: ‘Deus, temos pecado, temos nos tornado preguiçosos. Perdoa e restaura-nos.
Como crentes e intercessores, temos como exemplo o Grande intercessor. Somos, portanto, chamados e expectados a tomar sobre nós o encargo da vida daqueles que estão se perdendo. Isto é tão somente uma inevitável parte do compromisso que temos ao “ tomar sobre nós a nossa cruz a cada dia.” No decorrer da história existem registros de cidades ou nações inteiras que buscaram o arrependimento e jejuaram para purificação de pecado. Isto aconteceu nos dias de Jonas. Os ninivitas eram maus e violentos e estavam prestes a serem julgados e aniquilados por Deus; porém, eles encontraram o caminho do jejum (até os jumentos, camelos e cabritos foram colocados para jejuarem):

“E os homens de Nínive creram em Deus; e proclamaram um jejum e vestiram-se de saco, desde o maior até o menor”.
Porque esta palavra chegou ao rei de Nínive, e levantou-se do seu trono e tirou de si os seus vestidos, e cobriu-se de saco, e assentou-se sobre a cinza.
E fez uma proclamação, que se divulgou em Nínive, por mandado do rei e dos seus grandes, dizendo: Nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provem coisa alguma, nem se lhes dê pasto, nem bebam água.
Mas os homens e os animais estarão cobertos de sacos, e clamarão fortemente a Deus, e se converterão, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos.
Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se apartará do ,seu .Furor da sua ira, de sorte que não pereceremos?
E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho: e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria, e não o fez.
(Jn 3:5-10)

O jejum para a purificação pode ser, às vezes, um pouco confuso para se entender devido à sua natureza no processo de purificação de nossas vidas. O jejum tem a capacidade de “trazer à tona” de nosso ser toda a podridão do pecado e sujeira de maus hábitos que, diariamente, “borbulham” na superfície de nosso viver. Você rapidamente observará, especialmente em longos períodos de jejum, que se você tiver um mau temperamento encubado que só Deus (e a sua esposa) sabem, isto começará a emergir à superfície e você não terá problema em se expor (pois agora você está maleável). Por vez, isto lhe parecerá profundamente doloroso, mas seja paciente, não se desencoraje. O Senhor o limpará completamente.

5. Nós jejuamos para nos quebrantarmos diante do Senhor e, ao mesmo tempo, nos fortalecermos Nele.
O jejum é a arma providenciada por Deus contra a carne. Quando você jejua, você então faz uma escolha interior e demonstra externamente que você almeja o poder de Deus em seu viver diário.
Muitos anos atrás, quando iniciava meu ministério, recebi um chamado de um casal, o qual amava muito e por quem orava constantemente. Naquele instante eu tinha pouquíssimo dinheiro disponível, mas meu coração foi profundamente tocado quando um deles me disse: “Irmão Mahesh, estamos passando por grande necessidade”.Eles estavam terminando a faculdade e estavam sendo obrigados a abandoná-la por falta de recurso financeiro, até mesmo, para necessidade básicas.
Eles me disseram: “Mahesh, tudo que queremos é que você esteja em oração em nosso favor”.Eu, porém, os amava muito e disse: “Bom …..” – Eu estava naquele instante prestes a dizer-lhes que enviaria todo o dinheiro de minha conta bancária. Eu, na verdade, ainda estava na Universidade e precisava muito daquele dinheiro que, com muitos esforços, havia economizado. Assim que aqueles irmãos compartilharam-me aquela necessidade, eu disse para mim mesmo: “Eu vou lhes dar todo o dinheiro que tenho guardado para matrícula no próximo semestre”.Era a minha carne falando. Ora, não existe mal algum ofertar àqueles que estão em necessidade; todavia, aquele não era o momento para tal procedimento. 0 pedido dos irmãos era tão somente por oração. Eles buscavam o mover do Senhor e eu, simplesmente, queria dar-lhes algum dinheiro.
De repente, Deus parecia falar comigo ao meu ouvido: “Mahesh, você vai ajudá-los ou vai deixar Eu agir?” Então eu disse: “0 Senhor é Soberano.” – E orei por eles.
No dia seguinte os dois foram contemplados com bolsa de estudo integral. E o milagre da provisão não parou aí! Nos dois anos que se seguiram, Deus continuou a cuidar de suas necessidades de maneira sobrenatural! Em contraste a tamanha benção, “o desejo da carne” ou “o braço mortal de Mahesh” poderia ajudar os meus amigos talvez por três dias no máximo. Graças a Deus! Ele tem o melhor caminho. Considere o que Senhor diz em Sua Palavra:

“De jejuar estão enfraquecidos os meus joelhos, e a minha carne emagrece.
E ainda lhes sirvo de opróbrio; quando me contemplam, movem as cabeças.
Ajuda-me, Senhor Deus meu: salva-me segundo a tua misericórdia.
Para que saibam que nisto está a tua mão, e que tu, Senhor, o fizeste.
Amaldiçoem eles, mas abençoa tu: levantem-se, mas fiquem confundidos; e alegre-se o teu servo.
(Sl 109: 24-28)

“E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade pois me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.
(2 Co 12: 9,10)

6. Nós jejuamos para obter da parte do Senhor o suporte necessário para executar a Sua obra.
Os líderes da igreja em Antioquia jejuaram e oraram antes de enviarem Barnabé e Saulo. Aqueles líderes fizeram a escolha certa, pois buscavam o pleno sucesso na jornada que seria empreendida por aqueles apóstolos. Barnabé e Saulo sempre seguiram os mesmos passos executados por eles em Antioquia. Todas as vezes que estabeleciam uma igreja em uma cidade, eles oravam e jejuavam antes de apontarem os presbíteros daquela cidade. A prática do jejum e oração foi um instrumento por excelência para conduzi-los nesta difícil escolha e assim, assegurar o sucesso da pregação do Evangelho e o crescimento da igreja na cidade. (Veja Atos 13:3,4; 14:23).

7. Nós jejuamos em tempo de crise.
O homem sempre recorreu a Deus em oração e jejum em tempos de crise. O livro de Ester registra o que, provavelmente, foi o tempo mais crítico da história do povo judeu. Embora o brutal massacre imposto aos judeus por Hitler exterminasse cerca de seis milhões de judeus na Segunda Guerra, milhares de judeus ainda viviam em outros países no mundo. No tempo de Ester, entretanto, os judeus ainda não tinham sido dispersos e Hamã estava, literalmente, na eminência de ter sucesso em seu objetivo macabro de destruir toda a raça judia. O rei medo-persa já tinha assinado o atestado de óbito daquela nação, quando Ester trouxe uma palavra aos judeus. Ela lhes pedia para estarem em um propósito de jejum antes dela arriscar a sua vida ao entrar na presença do rei e pedir misericórdia para o seu povo.

“Então disse Ester que tomasse a dizer a Mardoqueu”:
Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei ainda que não é segundo a lei; e, pere-cendo, pereço.”
(Et 4:15,16)

Em tempos de crise, o ideal é procurarmos estar em jejum, nos abstendo de toda e qualquer comida e bebida. Contudo, eu jamais te recomendaria fazer isto por mais de três dias, a menos que, você esteja gozando literalmente da glória de Deus e possua uma palavra específica Dele para tal. Ester pediu a seu povo que estivesse jejuando por três dias e, no final deste período, Deus transformou toda aquela situação caótica em que se encontrava o Seu povo, trazendo poderosa libertação.
Novamente, no Segundo Livro das Crônicas 20, Judá esta-va para ser destruída pelos seus inimigos quando, o rei Josafá, ordenou ao seu povo um jejum. Como resultado, eles foram testemunhas de um dos mais dramáticos atos de libertação sobrenatural registrados na Bíblia.

8. Nós jejuamos quando buscamos a direção de Deus.
“Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante da face de nosso Deus para lhe pedirmos caminho direito para nós, e para nossos filhos e para toda a nossa fazenda.
Porque me envergonhei de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto tínhamos falado ao rei, dizendo: a mão do nosso Deus é sobre todos os que, 0 buscam para o bem, mas a sua força e a sua ira sobre todos os que O deixam.”
(Ed 8:21-23)

Quando você precisa da direção de Deus ou se encontra confuso acerca de qual caminho tomar, a melhor coisa que você pode fazer é jejuar Especialmente em se tratando da área de relação interpessoal, em particular, irmãos que estão na fase de escolha sobre com quem se casar. O Senhor ensinou-me este princípio antes de me casar e eu jejuava por minha esposa antes mesmo de conhecê-la. Eu tinha a plena certeza que o Senhor não tinha me chamado para o celibato e, certamente Ele sabia quem era ela e onde estava. Assim, armado com este pensamento perseverava em meu jejum. Posteriormente Bonnie e eu comparamos as nossas anotações e descobrimos que no momento mais crítico de sua vida, após seus pais se divorciarem, ela entrou em profunda crise. E exatamente durante aquele período, sem ter a mínima noção do que acontecia, senti o desejo de orar por ela, ministrando-lhe suporte e libertação.

9. Nós jejuamos para crescermos no entendimento espiritual e revelação divina.
Como cristãos, precisamos muito mais do que direção. Precisamos também de revelação e entendimento de certas questões, situações e verdades bíblicas. A palavra nos diz: “Portanto, entra tu, e lê do rolo que escreveste da minha boca as palavras do Senhor aos ouvidos do povo, na casa do Senhor, no dia de jejum. Também as lerás aos ouvidos de todo o Judá, que vem de suas cidades”.(Jer 36:6)
Às vezes a revelação da parte do Senhor não vem, necessariamente, no momento em que jejuamos, mas posteriormente. Isto
aconteceu comigo, quando o Senhor revelou-me os maravilhosos
princípios de cura durante uma cruzada no Haiti. Deus operou tremendos milagres naqueles encontros. Contudo, os sacerdotes locais de Vodu e feiticeiros ficaram muito perturbados com a nossas
concentrações. Eles convocaram, através do rádio, todos os feiticeiros e bruxos para uma reunião com o objetivo de lançar sobre
nós uma maldição! Eu disse: “Oh! Isto é maravilhoso! Vamos ver
0 que eles podem fazer, pois eu tenho certeza que a glória do Senhor está ao nosso redor e, absolutamente, nada pode nos tocar”.
Durante uma daquelas reuniões, uma certa mulher que havia nascido cega foi trazida à frente por sua neta. Tivemos naquele
país várias consecutivas de concentrações e, todas as noites, aquela senhora vinha à frente com a sua mão no ombro de sua netinha
para receber oração e por várias vezes experimentou o impacto da
unção de Deus, e cair pelo chão, embora eu mal a tocasse. Durante
um destes momentos, sabendo que alguma coisa tinha acontecido
àquela pobre mulher, me dirigi a ela dizendo: “Como você está, vovó? Olhe para mim!” Ela constrangida e piscando os seus olhinhos  inativos, respondeu: “Eu não posso ver.” Eu só pude lhe responder: “Certo, vem aqui por favor!” Orei por ela e nada aconteceu.
A mesma coisa aconteceu em todas as concentrações nas noites seguintes. Ela sempre vinha à frente com sua neta. Era impactada pelo poder do Espírito Santo de tal maneira que, sempre caía pelo chão. Eu tinha certeza que aquilo que acontecia com ela era o genuíno poder do Espírito. Entretanto, a cada momento que a ajudava levantar-se do chão, fazendo a mesma pergunta, ela respondia: “Eu ainda não posso ver”.
Confesso que comecei a me sentir um pouco embaraçado com aquela situação. Você deve imaginar como eu me sentia. Quando estamos conduzindo uma ministração de cura nós não esperamos, necessariamente, que a primeira pessoa a vir à frente seja um cego. Existe uma grande tentação para convidarmos aqueles que padecem com dor de cabeça ou alguma outra moléstia não tão exposta. Todavia o Senhor, em Sua soberania, não pensa assim.
Já no quarto dia comecei a me preocupar com aquela vovó vindo à frente para receber oração. Eu então simplesmente pude orar: “Pai, obrigado porque ela não está esperando pela cura que eu posso realizar, mas pelas Suas maravilhas.” Mais uma vez as mesmas coisas aconteceram; aliás, a mesma coisa aconteceu no quinto e no sexto dia. Ela vinha à frente, eu orava, ela caía pelo poder do Espírito, eu a ajudava a levantar, perguntava como ela estava e ela, brandamente, me respondia: “Ainda não posso ver”.Então eu lhe dizia: “O Senhor te abençoe!”
No último dia daquela cruzada no Haiti, a minha vovó predileta mais uma vez veio à frente com a sua mão sobre o ombro de sua neta. Uma vez mais orei por ela, e novamente, um inacreditável poder de Deus sacudiu aquele frágil corpo e, absolutamente “nocauteada”, caíra no chão. Cheguei perto dela dizendo: “Deus te abençoe.”
Uma vez mais fiz a mesma pergunta dos dias anteriores:
“Como você se sente vovó?” E piscando os seus olhinhos negros, ela me respondeu com regozijo: “Eu posso te ver claramente!” Deus tinha recriado totalmente os seus olhos e dado a ela visão pela primeira vez em sua vida! Então exclamei: “Que maravilha! Aleluia! Só o Senhor é Deus!” No entanto, em meu íntimo eu disse: “Amém, eu sei que Senhor poderia fazer isto desde o primeiro dia.”
Muitos meses depois, durante um extensivo período de jejum e oração, eu estava dirigindo em uma avenida ao sul da Flórida, onde morava. Eu estava distraído quando, bem em frente dos meu olhos, se descortinou a cena daquele dia quando orei por aquela pobre vovó haitiana. Aquela visão era como se estivesse assistindo  a um video-tape colorido daquele memorável dia. Durante muito tempo, fiquei muito impressionado sobre aqueles sete dias que estive orando por aquela mulher cega. Naquele momento quando o Senhor me abria os olhos para considerar aquele milagre, Ele deu-me entendimento daquilo que estava impedindo aquela mulher de ser curada desde o primeiro dia. O Senhor me mostrou que todas as vezes que ela vinha à frente para receber a oração, uma criatura que se parecia com um polvo, com os seus vários tentáculos, envolvia os olhos daquela mulher. Todas as vezes que orava por ela, a unção de Deus a tocava e a arrebatava de um daqueles horrendos tentáculos.
Durante a primeira oração, um segundo tentáculo era so-brenaturalmente removido. Durante a segunda oração, o terceiro tentáculo e, assim por diante. Na última reunião aquela mulher linha vindo à frente apenas com o tentáculo que ainda insistia em fazê-la cega. Na verdade aquela criatura era um espírito de cegueira, um demônio que a tinha mantido amarrada e confinada num mundo de trevas. Quando orei por ela naquele último dia, o último tentáculo a abandonou e ela podia ver claramente.
Naquele dia, o Senhor deixou bem claro em meu espírito que obstruções demoníacas podem nos impedir de várias maneiras. Toda vez que você ora sob a unção do Espírito Santo, sem dúvida alguma coisa acontece no mundo espiritual. Creia nisto! O Senhor sempre nos dirá: “Não se desencoraje. Persevere em oração até o último obstáculo cair por terra e a cura e a libertação acontecerem”.

As transformações e os benefícios do jejum
Livro: O Poder Secreto do Jejum e da Oração
Por Mahesh Chavda

 

Desmascarando o Espírito de Jezabel

 

ERA UMA ÉPOCA DE APOSTASIA.

A nação que Deus chamara para ser sua tinha se voltado contra Ele. Trocaram a adoração a Deus pelos ídolos de um povo que no passado tinham vencido em seu nome. O rei que governava sobre Israel chamava-se Acabe (nome que se tornou sinônimo de perversidade), ele era filho de um homem que chegara ao trono por meio do assassinato. Por detrás do trono corrupto de Acabe, havia uma mulher: Jezabel. Na esperança de ampliar seu poder casando-se com Acabe, ela levou a destruição aos israelitas. Esta destruição se operou por meio de sua fanática devoção aos falsos deuses – Baal, a divindade masculina do poder e da sexualidade, e Astarote, a deusa da fertilidade, do amor e da guerra. Os rituais de Baal e Astarote envolviam práticas sexuais depravadas e licenciosas, bem como suas abominações. A adoração desses ídolos envolvia os elementos mais bestiais da natureza humana. As estátuas de Baal se assemelhavam a um órgão sexual masculino, enquanto os altares de Astarote tinham a forma do órgão sexual feminino. Mais de 450 profetas de Baal e 400 profetisas de Astarote serviam aos desejos depravados e carnais de Jezabel. Muitas vezes, vidas humanas eram sacrificadas para agradar suas divindades pagas.
Contra esta apostasia, Deus levantou o profeta Elias, o qual desafiou Acabe e destruiu os profetas de Baal no monte Carmelo. Em contrapartida, Satanás levantou seu instrumento para silenciar a voz profética de Deus. Seu instrumento foi a esposa de Acabe, Jezabel.

Nós também vivemos numa época de apostasia. Nossa sociedade voltou as costas para Deus. O pecado infesta o Corpo de Cristo e a vida de seus líderes. Mesmo assim, no meio da inacreditável depravação e decadência espiritual de nossos dias, Deus está levantando uma geração profética. Esta geração carregará o espírito de Elias. Esta geração terá unção para operar milagres, sinais e maravilhas, realizando grandes façanhas para o Reino de Deus.
Assim como tem feito desde o princípio, Satanás está levantando uma feroz oposição a esta geração profética. O inimigo sempre tentou silenciar as vozes proféticas de Deus e abortar a oração de intercessão. Novamente, o nome do seu instrumento é Jezabel, um poder espiritual diabólico que busca enganar, profanar e destruir as autoridades de Deus. Embora a expressão “espírito de Jezabel” seja empregada em alguns círculos carismáticos, poucas pessoas entendem de fato como essa força demoníaca opera. O espírito de Jezabel é um poder celestial de influência mundial. Não é simplesmente um demônio que se apossa de um indivíduo. E um poder demoníaco das regiões celestes que transcende as fronteiras geográficas específicas e pode afetar nações inteiras. Em toda região onde penetra, ele se une aos principados que governam aquele território e opera em conjunto com eles.
O espírito de Jezabel opera em conjunto com os principados e potestades que atormentam as pessoas (Ef 6.12). Esses poderes demoníacos incluem espíritos de religiosidade, manipulação, controle, cobiça, perversão e ocultismo. Muitas vezes, eles se associam ao espírito de Jezabel para construir fortalezas na mente das pessoas.
Quando uma fortaleza de Jezabel é estabelecida na mente de um indivíduo, defino isso como “estar sob a influência do espírito de Jezabel”. No momento em que isso ocorre, o processo racional do indivíduo se deteriora. Seus pensamentos e ações são distorcidos.

Para as pessoas familiarizadas com computadores, podemos dizer que o computador mental do indivíduo recebeu um vírus, fazendo com que processe os dados sem lógica. Esse vírus corrompe, redireciona e distorce todas as informações recebidas a partir daquele momento. Como um vírus, a fortaleza de Jezabel é programada para se manifestar quando certas teclas (ou situações) são acionadas. Ela influência também a atividade de outros, como numa rede. De fato, o espírito de Jezabel, como um vírus, é designado para desativar a rede e destruir o hospedeiro. Isso ocorre também com qualquer um que não se desconecte do hospedeiro. Um programa antivírus alertará o computador para o fato de que um vírus está operando contra as leis da programação designada. Depois o programa antivírus dirá ao computador como reconhecer o vírus e descartá-lo. Para operar de forma eficiente, o computador poderá ser  reprogramado com novos dados — dependendo do nível de dano causado pelo vírus.
Esta ilustração faz um paralelo dramático com o que acontece no Reino quando uma força alienígena – o poder de Jezabel – desembarca na igreja. Seu objetivo é desativar e destruir indivíduos, ministérios e a própria igreja. Este será o resultado final, a menos que o remédio de Deus – o antivírus divino – seja aplicado. Se os pastores forem incapazes de prevenir ou detectar a ação desse espírito, seus cônjuges, filhos e membros das igrejas podem cair vítimas dessa força devastadora.

De tempos em tempos, todo cristão fica vulnerável ao perigo de ser influenciado por esse poder controlador e manipulador. De certa forma, todos nós tentamos controlar outras pessoas. Embora não haja nenhum indicador infalível que mostre quando a pessoa ultrapassou o limite, abrir a alma para a ação do espírito de Jezabel é um processo que pode ocorrer com o tempo. Quanto mais tempo alguém apela para o controle e a manipulação sem se arrepender, mais forte o espírito se torna. Finalmente, ele se transforma num estilo de vida. Seu método primário de se relacionar com outras pessoas e adquirir controle serão por meio desse espírito.
Embora a ilustração bíblica para Jezabel seja voltada para o sexo feminino, este poder demoníaco não infecta apenas mulheres. Homens também operam sob a influência desse espírito. Quando isso ocorre, eles ficam enfraquecidos e maculados pela presença maligna. No entanto, para os homens é difícil operar durante muito tempo sob a influência desse espírito porque ele precisa de um espírito de Acabe para sobreviver. Por isso, o espírito de Jezabel geralmente opera por meio de mulheres, que usam a sedução para alcançar seus objetivos.
Ao escrever este livro, meu propósito é promover a cura e a unidade no Corpo de Cristo. Portanto, quero aconselhar cautela a todos aqueles que empregarem o termo “espírito de Jezabel”. (como cristãos, não podemos ferir pessoas desnecessariamente -acusando-as falsamente). De fato, ao fazer isso, podemos assumir as características de Jezabel – um espírito homicida -, perseguindo e lançando calúnias contra outrem.
Temos de nos lembrar que aqueles que são influenciados por esse espírito são pessoas feridas e machucadas. O poder do Espírito Santo está disponível para curar aqueles que são afligidos por esse espírito. Jesus deseja nos libertar daquilo que nos prende. Devemos encarar nossos pecados, bem como os pecados dos outros, com honestidade, compaixão e esperança. Há uma necessidade proeminente de que pessoas e igrejas oprimidas por esse espírito hoje recebam ministração. Agora é o tempo dos pastores e líderes se levantarem com graça e com coragem.

ALIANÇAS PROFANAS
NELSON TOMOU OUTRO GOLE de café e continuou observando a jovem atraente. Ela estava bem vestida, com um conjunto escuro, e tinha um ar otimista. Seu aperto de mão demonstrava ser ela uma pessoa confiante, que olhava diretamente para as pessoas enquanto as envolvia numa conversa agradável. Era uma jovem vivaz e entusiasta, dona de um carisma penetrante. Tinha a habilidade de atrair as pessoas. Era divertida e parecia uma estudante devotada da Bíblia.
O número de membros na igreja de Nelson estava diminuindo, e pessoas que ele estava preparando para ocuparem cargos de liderança tinham saído. Para preencher o lugar deles, tinha de encontrar novos líderes. Seu desespero aumentava a cada mês, com a diminuição dos dízimos e ofertas. Quando conversava com a jovem expressava suas opiniões sobre como aumentar a assistência na igreja. Dona de um aguçado tino empresarial, ela criou um esquema para colocar a igreja numa posição de domínio. Com o tempo, ela foi se tornando cada vez mais influente na igreja e passou a liderar um grupo de estudo bíblico de mulheres.

Ao mesmo tempo, Nelson sentia-se intrigado com as convicções daquela jovem. Ela parecia ter uma profunda experiência com o Espírito. No entanto, parecia que um “espírito das trevas” lhe dizia para fazer coisas estranhas, algumas das quais já tinham resultado em práticas imorais. A despeito disso, Nelson e sua esposa gostavam da companhia da jovem. Reconhecendo seu potencial, os dois se encontravam com ela com freqüência e até tentavam ser seus mentores.
Enquanto eles depositavam grande esperança naquela mulher, as jovens da igreja começaram a se aproximar dela cada vez mais. Enquanto a influência dela crescia, a influência de Nelson parecia diminuir. Como um pneu com vazamento, lentamente a igreja estava esvaziando. Então, a esposa de Nelson começou a sofrer de várias enfermidades, e sua mente se encheu de fantasias sexuais. Para complicar mais as coisas, o ambiente amigável entre os líderes se tornou um ambiente de divisão, e os grupos pequenos, que antes eram vibrantes, começaram a morrer.
Um dia, Nelson me telefonou e pediu ajuda. Quando comecei a orar e buscar a Deus, tive um sonho que me permitiu enxergar através da cortina de fumaça do inimigo. Compartilhei com Nelson o que Deus tinha me mostrado, e ele confirmou. Mesmo assim, ele e a esposa pareciam divididos. Esmagados pela indecisão e pela confusão, continuaram dando à jovem mais responsabilidade, liderança e autoridade dentro da igreja. Eles admitiram que ocasionalmente ela recebia conselhos de um “espírito guia”. Mesmo assim, eles a amavam e queriam ajudá-la. O que deviam fazer?

UMA ALIANÇA PROFANA

O que acabei de descrever chama-se aliança profana – um relacionamento que permita que você alcance seus objetivos, apesar de estar consciente de que a pessoa deliberadamente continua a pecar. Além do mais, na Bíblia fica muito claro que Deus não aprova que tais pessoas ocupem posições de liderança na igreja. Embora Nelson e sua esposa justificassem a decisão de não afastar aquela jovem da liderança “pelo bem da igreja e do Reino”, o Reino ficava comprometido com aquele arranjo profano, e, no final, a igreja deles iria sofrer.

LEALDADES DIVIDIDAS

Uma situação similar ocorreu com Onri, o sexto rei de Israel. Queria assegurar e ampliar seu reino, ele forjou uma aliança profana por meio do casamento de seu filho Acabe com uma jovem estrangeira, chamada Jezabel. Essa aliança criou um vínculo político entre Israel e Tiro. O casamento destinava-se a selar um tratado de paz entre as duas potências; no entanto, tal aliança provou ser uma concessão que custou muito caro. Cerimonialmente, foi exigido que Israel seguisse os protocolos religiosos e políticos da nova esposa de Acabe. Isso significou o naufrágio de toda a nação de Israel na idolatria. Portanto, por meio do seu plano de ampliar seu reino, Onri, na verdade, colocou Israel num caminho perigoso. Sua necessidade de construir uma nação gloriosa cegou-o para as conseqüências da quebra da lei.

Ao concordar em aceitar uma rainha estrangeira, Acabe conscientemente violou os mandamentos de Deus. Ao que pare¬ce, ele justificou a ação em sua própria mente, mas o Senhor o condenou como tendo se vendido para fazer o que era mau (1 Rs 21.25). Além da participação zelosa nos cultos depravados de Baal, uma aliança política oficialmente endossaria as crenças religiosas, idolatras e imorais, de Jezabel, forçando-as sobre todos os israelitas. A História mostra que foi exatamente o que aconteceu.
Jezabel levou suas práticas religiosas abomináveis para Israel. Ela ordenou que ídolos de pedra fossem colocados nos lugares altos e também erigiu um altar no Templo santo de Deus. Se não tivesse feito mais nada, somente esse ato já teria provocado a indignação e a ira de todos os profetas de Israel. Assim, Jezabel trocou o santo pelo profano. A Bíblia também indica que ela era prostituta e adúltera, bem como praticante de bruxaria (2 Rs 9.22).
Jezabel tinha características de personalidade que envolviam manipulação, controle, perversão sexual e idolatria. Algumas conclusões surpreendentes podem ser tiradas sobre uma mulher que provoca tal ira no coração do Senhor. Creio que um espírito maligno motivava suas ações e lhe concedia uma ampla influência. Também creio que a influência desse espírito permanece até os nossos dias e que jamais foi totalmente erradicado da Igreja. Pelo contrário, tem recebido um reinado profano. Quando nos aproximamos do final dos tempos, esse espírito demoníaco parece se entrincheirar mais e mais nas igrejas.

O nome Jezabel é de origem fenícia e significa “descasada”. Embora ela fosse casada, sua insubmissão e infidelidade conjugal mostravam que para ela o casamento não significava nada. Embora o matrimônio seja um símbolo de respeito mútuo e submissão, Jezabel não se submetia a ninguém. Pelo contrário, exigia que todos se submetessem a ela. Seu casamento era meramente uma aliança política que lhe permitiu ser não somente uma rainha, mas, em essência, um rei atuante! Jezabel tinha as respostas para todos os problemas do rei.

DIVA MORTAL

Jezabel aprendeu a arte do engano com seu pai, Etbaal, cujo nome significa “semelhante a Baal”. Ele chegou ao trono por meio do complô e do assassinato. Assim, a tendência de Jezabel para o assassinato tinha raízes genealógicas. Tirar a vida de alguém para alcançar seus objetivos era algo comum para ela.
Jezabel aparece pela primeira vez durante o reinado de Acabe, rei de Israel, em 869-850 a.C. (1 Rs 16.31). Acabe não foi o único a sucumbir diante das perversões de Jezabel. Seus filhos também foram profundamente influenciados por ela. Acazias, seu filho, cometeu os mesmos pecados que ele (1 Rs 22.51-53). Outro filho, Jorão, foi morto por Jeú, rei de Israel, como punição por todas as coisas que seus pais tinham feito aos profetas de Deus (2 Rs 9.24-26).
A filha de Acabe e Jezabel, Atalia, tornou-se rainha de Judá. Assim como sua mãe, ela procurou um marido fraco, a fim de poder continuar com suas práticas malignas (2 Rs 8.25-27). Como resultado, Acazias, seu filho — que tinha o mesmo nome que seu irmão e que pode ter sido fruto de incesto -, fez o que era mau aos olhos do Senhor. Mãe e filho, bem como os outros 70 filhos de Acabe e suas famílias, foram mortos pelas mãos de Jeú.
Jezabel não era uma mulher comum. Tinha uma queda para a dramaticidade. Cada ação sua e cada palavra que dizia demonstravam uma atitude passional e descontrolada. Sua aparência intimidava, uma rosa com espinhos afiados como punhais. Era uma figura impossível de ser ignorada, porque ignorá-la podia significar a morte.
A forma como Jezabel saudou Jeú do alto da janela foi mais do que um “olá” casual. Ela se maquiou e vestiu a roupa mais sensual que encontrou. Ela planejou uma manobra de sedução para conquistar Jeú, o décimo rei de Israel (2 Rs 9.6), convidando-o a fazer aliança com ela – talvez como seu próximo marido. Se nada disso funcionasse, queria pelo menos intimida-lo. Jezabel era uma força dominante em Israel. Se Jeú não tivesse ordenado que fosse atirada pela janela, ela teria usurpado o reino para si. Entretanto, Jeú cumpriu bravamente a tarefa que recebera do Senhor — erradicar a casa de Acabe (2 Rs 9.7).
Nesses dias, Deus está chamando os pastores do mundo lodo. Como eles responderão: Como Jeú ou como Acabe?

PAZ A QUALQUER PREÇO

O espírito de Acabe simboliza a abdicação da autoridade ou, pelo menos, a autoridade passiva. Ele se apresenta como uma mentalidade que evita os confrontos e não assume os erros. O espírito de Acabe adora a posição que ocupa e teme o confronto. Alguém com este espírito prefere promover a paz a qualquer custo, mesmo que seja forçado a formar alianças profanas.
Um indivíduo sob a influência do espírito de Acabe fará, muitas vezes, concessões em vez de alianças, dessa forma se prostituindo, em vez de santificar o relacionamento. Como você pode fazer concessões a alguém que deseja destruí-lo? O espírito de Acabe sempre está disposto a sacrificar o futuro a fim de obter a vitória no presente.
Trabalhando em equipe, os espíritos de Acabe e Jezabel silenciosamente formam um relacionamento de interdependência. Existe uma necessidade mútua, e um cuida do outro a fim de alcançarem seus objetivos, como numa simbiose. Um pastor influenciado pelo espírito de Acabe precisará da ajuda de alguém com o espírito de Jezabel, a fim de manter sua posição e fortalecer sua base.
Um pastor amigo meu, Russell, queria muito que eu conhecesse certa mulher de sua igreja. Embora isso não seja incomum (nem errado em si), ele parecia envolvê-la demasiada¬mente em cada decisão que tomava. Eu o acautelei sobre relacionamentos de interdependência, mas era tarde demais. Seis meses mais tarde, Russell caiu em pecado sexual com aquela mulher.
LÍDERES APLACADORES

Como muitos líderes de hoje, o reinado de Acabe foi caracteri¬zado pela tentativa de aplacar Jezabel cedendo às suas exigências. Ele tolerava todos os decretos e práticas abomináveis de sua esposa.
Muitos pastores se submetem a indivíduos influenciados pelo espírito de Jezabel porque a pessoa parece ter habilidades de liderança ou visão espiritual que ajudará a igreja crescer. Muitos até se convencem de que, com o tempo, ajudarão o indivíduo à “amadurecer” espiritualmente. No entanto, nesse processo de ajuda, muitos líderes fazem demasiadas concessões e enfraquecem sua autoridade. Lembre-se de que a atitude aplacadora de Acabe era exatamente o que fortalecia a base do poder de Jezabel.
Em várias ocasiões, já vi pastores adotarem uma atitude de indecisão e evitar o confronto simplesmente por medo de que o indivíduo em questão divida a igreja. Um pastor em particular tinha plena consciência de que a líder de seu grupo de intcrcessão operava sob o espírito de Jezabel. Ele tinha medo de enfrentar a situação porque era uma mulher que intimidava e tinha muita influência. Se ele perdesse mais membros, não teria como cumprir os compromissos financeiros da igreja. Infelizmente, muitos líderes se encontram nessa situação hoje em dia. É preciso muita oração e encorajamento para aqueles pastores que foram apanhados nessa armadilha mortal.

EVITANDO O CONFRONTO

O pastor precisa ter muita coragem para confrontar a força e a obstinação do espírito de Jezabel. Por meio de suas ações, um indivíduo dominado por esse espírito revelará as qualidades e as fraquezas do pastor. O pastor descobrirá coisas sobre si próprio que preferiria ignorar. Pode reagir de forma defensiva quando sua autoridade é desafiada. Para evitar uma revolta, o pastor pode preferir apaziguar ou favorecer o espírito. Temendo situações semelhantes, o pastor pode suspender todo o ministério profético na igreja. Ou então, numa atitude egoísta, pode usar a pessoa dominada pelo espírito de Jezabel para cumprir seus propósitos pessoais. Qualquer uma dessas respostas causará danos à vida espiritual da igreja. Adotando uma atitude omissa ou passiva, o pastor deixará sua igreja vulnerável ao domínio desse espírito diabólico. A igreja rapidamente afundará sob o peso crescente da opressão espiritual, esmagando toda a vitalidade espiritual saudável e a visão.O espírito de Jezabel profana tudo o que toca. Tudo o que é santo torna-se impuro. As pessoas começam a abandonar a igreja, sem nem saberem por quê. Sentem-se simplesmente compelidas a ir embora, como se pudessem sentir o domínio crescente das trevas.
Os pastores que [diante dessa situação] reagem de forma impulsiva e precipitada e eliminam os grupos de intercessão e o ministério profético, silenciarão suas fontes mais confiáveis de discernimento e revelação. Quando isso acontece, é criado um vácuo espiritual na igreja. Rapidamente a escuridão e a confusão tomam conta. Como num jogo de xadrez, o adversário rapidamente ocupa todo espaço que é deixado desocupado. Quando o verdadeiro ministério profético é silenciado, isso permite que o inimigo posicione seus próprios profetas em posições-chave.
Os pastores que se omitem e deixam de exercer sua autoridade causam dano ao povo de Deus, pois sem perceber liberam o poder crescente desses espíritos demoníacos. Enquanto a questão vai sendo evitada, o problema só vai piorando. Quando finalmente é confrontado, o espírito de Jezabel já pode ter criado raízes profundas na igreja e será mais difícil desalojá-lo.

CONSPIRANDO COM AS TREVAS

Se o pastor fingir ignorar os danos causados pelo espírito de Jezabel, pode se tornar um espírito associado a ele. Consciente¬mente ou não, o pastor acaba se alinhando com o espírito maligno. Seus métodos e objetivos vão se tornando mais e mais parados. Logo o pastor descobrirá que pode alcançar seus objetivos explorando sua contrapartida espiritual, tornando-se assim um cúmplice das trevas.
A menos que esse pastor reconheça seu erro e se arrependa, um dentre dois juízos virá sobre ele: Ele acolherá plenamente o espírito de Jezabel e se tornará um líder marionete, indeciso (mesmo nas questões mais corriqueiras), facilmente enganado e sujeito a forte depressão. Ou, então, ele e sua igreja enfrentarão um terrível deserto espiritual. A presença clara de Deus será removida do seu grupo. Ficará apenas a lembrança da presença divina; lamentavelmente, muitas vezes os líderes não encaram essa situação como juízo de Deus.

TOLERANDO O INIMIGO

Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos. — Apocalipse 2.10

Quando um pastor tem uma amiga de confiança que co¬meça a mostrar vestígios do espírito de Jezabel, é fácil ele justificar a atitude rebelde da pessoa ou simplesmente fingir que não está vendo. Geralmente os pastores demonstram certa tolerância para com aqueles que chamam de “amigos”. No entanto, essa confiança e lealdade a um amigo podem criar um tipo de cegueira. O pastor, portanto, deve deixar a amizade de lado,encarar a situação do ponto de vista pastoral e tomar as medidas necessárias.
No final, quando o pastor enfrenta a situação e a corrige, as pessoas sentem-se seguras sob sua liderança e desenvolve maior confiança na autoridade piedosa. No entanto, se o pastor deixar de tratar da atitude de rebelião, no final perderá o respeito das pessoas. Os membros da igreja olharão para ele com desdém, por causa das conseqüências que certamente advirão. Surgirá a confusão, e o propósito de Deus ficará obscurecido devido à liderança vacilante.
Pastores que fazem concessões atraem pessoas que gostam de concessões. A unção pastoral será reduzida a uma gota, comparada com o que poderia ser. A luz na igreja se tornará penumbra, enquanto o Corpo perde seu poder espiritual.

FRUTO DA TOLERÂNCIA

Ninguém houve, pois, como Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau perante o Senhor, porque Jezabel, sua mulher, o instigava. — Reis 21.25
Assim como Acabe permitia que Jezabel sacrificasse crianças como forma de adoração, o espírito que está por detrás dos abortos nos Estados Unidos é mantido vivo pelo espírito de Jezabel. Por meio da promoção pessoal, controle e esquemas de manipulação, este espírito também procura abortar aqueles que são jovens ou imaturos no Senhor. Além disso, ele atrai também falsos mestres, atraídos pelo poder intelectual da alma.
Chegou o momento de uma nova ordem. Um clamor está se levantando da terra e adquirindo força. Deus está capacitando sua Igreja com ousadia e zelo, trazidos pelas verdadeiras vozes dos apóstolos e profetas. Neste momento, Deus deseja que o ministério profético, que é o testemunho de Jesus, seja vibrante em todas as igrejas. O ministério profético revelará tudo aquilo que está oculto.

BATALHAS VITORIOSAS

Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel. Ferirás a casa de Acabe, teu senhor, para que eu vingue da mão de Jezabel o sangue de meus servos, os profetas, e o sangue de todos os servos do Senhor. -2 Reis 9.6,7
Neste ponto da História, uma grande batalha aguarda os representantes de Deus — os pastores de sua Igreja. Os líderes estão sendo convocados pelo Senhor para receberem um espírito de valor e se levantarem como verdadeiros reis. Assim como Jeú recebeu a tarefa de expurgar o Reino de Deus da influência profanadora e desmoralizante de Acabe e Jezabel, somos chamados hoje para remover esses mesmos espíritos apóstatas da Igreja.

Extraído do livro
Desmascarando o Espírito de Jezabel
JOHN PAUL JACKSON
Danprewan Editora