Qual é a minha Capa?

Num dos escritos de Lucas, no livro de Atos dos Apóstolos (12:1-11), vemos que Pedro está trancafiado à sete chaves, e por sinal tirando um cochilo entre dois soldados. Entretanto, havia uma igreja em estado de contínua intercessão por ele. O efeito da oração foi quase instantâneo, no meio do cárcere surge um anjo do Senhor, despertando Pedro do sono, pedindo para que levantasse depressa, logo, caindo das mãos as cadeias, disse-lhe ainda o anjo: … cobre-te com a tua capa e segue-me. Pois bem, Pedro saiu correndo, ainda não entendendo nada, achando que talvez poderia ser um sonho, ou até mesmo uma visão, mas quando depara-se com os portões abertos, reconhece que foi intervenção divina.

O que me deixa intrigado é a última frase do anjo para com Pedro: …cobre-te com a tua capa e segue-me. Pedro trazia consigo uma capa, que na qual não podia apartar-se dela, foi o próprio anjo que lhe chamou atenção quanto a isso.
E a questão é a seguinte: Que capas temos sobre os nossos lombos? Que símbolo está capa tem trazido para nós e para aqueles que nos rodeiam?
Basicamente, a capa era a peça do vestuário que ficava sobre toda as demais roupas, para os nobres um símbolo de riqueza, para os menos abastados, um instrumento para encobrir a miséria.
Buscando nas páginas das Escrituras Sagradas, encontrei algumas capas:

A Capa do Pecado (Marcos 10:50) – Este texto fala-nos sobre um homem cego, chamado Bartimeu, que ouvindo falar de Jesus, começa a clamar para que Jesus tivesse misericórdia dele. Jesus parando, manda chamar o cego, este lançando fora a sua capa, dá um salto e vai-se ter com Jesus. A capa de um cego creio que era a pior de todas, uma espécie de bolsa, onde este reunia tudo aquilo que pudesse juntar, resto de alimentos, moedas, roupas, enfim, um depósito resultante de um dia de mendicância. Esta capa é o símbolo claro da maior de todas as misérias humanas, o pecado. Antes de ir ao encontro de Jesus, o cego lança fora a capa, em outras palavras, para abandonar o pecado, somente na presença de Cristo.

A Capa da Cobiça (Josué 7:21) – Um povo que acabara de reduzir à ruínas a fortificada Jericó, agora vê-se aos apuros derrotados por um mísero exército de Ai. Josué entende que o caminho é buscar ao Senhor, e com diligência, percorre este caminho, descobrindo que há no meio do povo algo que o próprio Deus proibiu e tornou por maldição. Acã em meio aos despojos e escombros de Jericó, não resiste a tentação e embolsa para si uma capa babilônica e algumas peças do vil metal. Este ato que para muitos tão corriqueiro, fez com o exército do povo de Deus perdesse uma batalha, e com isso gerando baixas em meio a tropa. Acã cobiçou uma capa, e por muitas vezes cobiçamos, cobiçamos, e por conseqüência somos tentados nisso. Tiago em sua epístola diz que somos tentados naquilo que cobiçamos. Nos dez mandamentos, apenas no referimos a não cobiçar a mulher do próximo, mas ao lermos todo o restante do texto vemos que não é somente a mulher do próximo. (Deuteronômio 5:21) – Não cobiçarás a mulher do teu próximo; não desejarás a casa do teu próximo; nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo. Enfim, vivemos um reino de cobiças, cobiças que se entranham dentro da própria igreja, cobiçamos obreiros, membros, ministros, músicos, diante da nossa incapacidade de esperar no Senhor e de fazer discípulos para o Senhor, acabamos cobiçando o servo alheio, pois é o caminho mais curto.

A Capa da Santidade Gênesis 39:12 – Vemos agora um jovem, com todo o vigor, força, beleza, tudo aquilo que a juventude proporciona. Porém José estava distante de tudo que amava, longe de seus pais, sua terra, sua cultura, e acima de tudo, geograficamente longe do seu culto a Deus. Mas como Deus não se prende a geografia, não precisamos cruzar o mundo para sentirmos a Sua presença, José levou dentro de si a presença do próprio Deus para a terra do Egito, a capital do ocultismo. Como escravo, trabalhava na casa de Potifar, um homem de bem, de respeito, mas com sérios problemas no casamento. Sua mulher completamente mergulhada na licenciosidade, tenta por várias ocasiões ter um momento com José. José a cada dia, por sua parte, sabendo que os olhos de Deus estão por todos os lugares, fugia da situação, até que a mulher de Potifar inverte a história, e por fim José vai para no mais profundo cárcere. José vestia também uma capa, mesmo que arrancada pela pervertida mulher de Potifar, a símbolo da capa de José habitava dentro dele, a santidade de Deus. Não importando as conseqüências, as mentiras, à história mal contada, José permaneceu fiel ao Senhor.

A Capa do Reconhecimento de Autoridade – I Samuel 18:4 – Quem não gostaria ser filho de um rei, herdeiro de todo o reino? Jônatas, filho de Saul, rei de Israel, tinha esta herança, seria o próximo rei sobre todo Israel. Até este momento parecia que tudo corria como o costume de um regime monárquico, vai-se o rei, o príncipe torna-se o novo rei, e o povo festeja. Jônatas dentro desta situação reconhece que em Davi estava a autoridade para governar o reino de Israel. Ele viu em Davi a autoridade divina, a autenticação o reino por parte de Deus. Muitas vezes vemos tudo se esvaindo, ruindo, perdendo o controle, por não reconhecermos que Deus usa quem Ele quer, onde Ele deseja. Jônatas despoja-se de sua capa e dá a Davi, como uma atitude de reconhecimento da autoridade de Deus na vida de Davi.

A Capa de Autoridade Espiritual – I Reis 19:19 – II Reis 2:14 – Primeiramente vemos alguém, lavrando com doze juntas de bois. Eliseu arava a terra com um veículo tracionado por vinte e quatro animais. Quando Elias o viu, lançou sobre ele a sua capa, ou seja, Eliseu fora envolvido sob a autoridade espiritual. Quando Elias despede-se de Eliseu sendo arrebatado numa carruagem de fogo, ele deixa suas vestes, Eliseu toma a capa de Elias e segue o seu caminho. Um dos homens que na Bíblia mais relatos milagrosos é mencionado é Eliseu, após tomar a capa de Elias, torna-se um homem poderoso no Senhor. Exerce autoridade espiritual que age abaixo de autoridade espiritual. Jesus exercia autoridade espiritual porque estava completamente sob a autoridade do Pai. Muitos querem exercer autoridade sem estar abaixo de autoridade, e isso transforma-se em autoritarismo, achando que nunca poderá errar, que está imune aos erros, e que jamais se redimirá do seus erros com alguém.

A Capa Ministerial – II Timóteo 4:9-13 – Paulo agora está preso, algemado, trancafiado em Roma. As vezes penso que o Evangelho que Paulo vivia e pregava seria aceito em nossos dias. Um pregador relatar que aprendeu a passar necessidade, fome, frio, tortura, que deixava alguém enfermo em tal cidade, que aconselhava seus ministros a beberem um pouco de vinho por causa das enfermidades constantes… Socorro, esse homem não prega na minha igreja (risos). É nosso evangelho está bem diferente hoje! Mas deixa de lado nossas estrageirices… Paulo escreve a Timóteo que traga para ele a sua capa que deixou em Trôade, na casa do irmão Carpo. Esta capa é o símbolo do ministério, não vou dizer que se chega a uma plenitude de ministerial, mas poderemos chegar a um nível de maturidade ministerial. Maturidade ministerial é sinônimo de obediência ao chamado, não pensar em voltar a traz, que fazer a obra para Deus, note que a obra é dEle, é a melhor escolha. Nesse nível de maturidade as pressões aumentam, os amigos se reduzem, toda a sorte de perseguição surge, mas Deus a todas elas dá o escape.

A Capa da Fé – Atos 7:57-58 – Interessante que Deus sempre achou os seus servos em meio ao trabalho, até Saulo, embora matando a igreja, estava trabalhando. Após não aguentarem mais a presença de Deus na vida de Estevão, acharam melhor matá-lo, e realmente mataram Estevão, depositando suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Creio que no meio das vestes de Estevão, não querendo forçar uma interpretação, achava-se também a sua capa, pois era comum ao vestuário ter-se uma capa. A capa de Estevão é o símbolo da fé no Senhor Jesus Cristo até o ponto de sermos mortos por amor a Ele. Hoje se fala de entregar tudo ao Senhor, de estar disposto a morrer por Ele, bem, o discurso é longo e bonito, mas a prática é ridícula. Nem o que achamos que sabemos dividimos com as pessoas dentro do Reino, nem tampouco os dízimos entregamos ao Senhor, muito mais nossas vidas, filhos, posses, etc. A capa da fé, assim como toda capa, deve estar sobre todas as nossas outras roupas, tudo aquilo que aparenta ser alguma coisa deve estar encoberto pela fé, pela entrega, pelo anonimato.

Que nossos corações estejam abertos e nossas mentes sensíveis ao que Deus tem falado a cada dia. Qual capa temos vestido, o que está realmente sobre as nossas vidas?

Pr.Moises Brasil
eapalavraeradeus.blogspot.com/

 

O Temor do Senhor

Dt 6.1-2 “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR, vosso Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que passais a possuir; para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.”
Um mandamento freqüente ao povo de Deus do AT é “temer a Deus” ou “temer ao Senhor”. É importante que saibamos o que esse mandamento significa para nós como crentes. Somente à medida que verdadeiramente temermos ao Senhor é que seremos libertos da escravidão de todas as formas de temores anormais e satânicas.

O SIGNIFICADO DO TEMOR DE DEUS. O mandamento geral de “temer ao Senhor” inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o crente e Deus.

(1) É fundamental, no temor a Deus, reconhecer a sua santidade, justiça e retidão como complemento do seu amor e misericórdia, i.e., conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é (cf. Pv 2.5). Esse temor baseia-se no reconhecimento que Deus é um Deus santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado.
(2) Temer ao Senhor é considerá-lo com santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da sua excelsa glória, santidade, majestade e poder (ver Fp 2.12 nota). Quando, por exemplo, os israelitas no monte Sinai viram Deus manifestar-se através de “trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte” o povo inteiro “estremeceu” (Êx 19.16) e implorou a Moisés que este falasse, ao invés de Deus (Êx 20.18,19; Dt 5.22-27). Além disso, o salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente: “Tema toda a terra ao SENHOR; temam-no todos os moradores do mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Sl 33.8,9).
(3) O verdadeiro temor de Deus leva o crente a crer e confiar exclusivamente nEle para a salvação. Por exemplo: depois que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como em terra seca e viram a extrema destruição do exército egípcio, “temeu o povo ao SENHOR e creu no SENHOR” (ver Êx 14.31 nota). Semelhantemente, o salmista conclama a todos os que temem ao Senhor: “confiai no SENHOR; ele é vosso auxílio e vosso escudo” (Sl 115.11). Noutras palavras, o temor ao Senhor produz no povo de Deus esperança e confiança nEle. Não é de admirar, pois, que tais pessoas se salvem (Sl 85.9) e desfrutem do amor perdoador de Deus, e da sua misericórdia (Lc 1.50; cf. Sl 103.11; 130.4).
(4) Finalmente, temer a Deus significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar a quem transgride suas justas leis, tanto no tempo como na eternidade (cf. Sl 76.7,8). Quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, tiveram medo e procuraram esconder-se da presença de Deus (Gn 3.8-10). Moisés experimentou esse aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: “temi por causa da ira e do furor com que o SENHOR tanto estava irado contra vós, para vos destruir” (9.19).

RAZÕES PARA TERMOS TEMOR DE DEUS. As razões para temer o Senhor vêm do significado do temor do Senhor.

(1) Devemos temê-lo por causa do seu grande poder como o Criador de todas as coisas e de todas as pessoas (Sl 33.6-9; 96.4-5; Jo 1.9).
(2) Além disso, o poder inspirador de santo temor que Ele exerce sobre os elementos da criação e sobre nós é motivo de temê-lo (Êx 20.18-20; Ec 3.14; Jn 1.11-16; Mc 4.39-41).
(3) Quando nós nos percebemos da santidade do nosso Deus, i.e., sua separação do pecado, e sua aversão constante a ele, a resposta normal do espírito humano é temê-lo (Ap 15.4).
(4) Todos quantos contemplarem o esplendor da glória de Deus não podem deixar de experimentar reverente temor (Mt 17.1-8). (5) As bênçãos contínuas que recebemos da parte de Deus, especialmente o
perdão dos nossos pecados (Sl 130.4), devem nos levar a temê-lo e a amá-lo (1Sm 12.24; Sl 34.9; 67.7; Jr 5.24; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA. (6) É indubitável que o fato de Deus ser um Deus de justiça, que julgará a totalidade da raça humana, gera o temor a Ele (17.12-13; Is 59.18,19; Ml 3.5; Hb 10.26-31). É uma verdade solene e santa que Deus constantemente observa e avalia as nossas ações, tanto as boas quanto as más, e que seremos responsabilizados por essas ações, tanto agora como no dia do nosso julgamento individual.

CONOTAÇÕES PESSOAIS LIGADAS AO TEMOR DE DEUS. O temor de Deus é muito mais do que uma doutrina bíblica; ele é diretamente aplicável à nossa vida diária, de numerosas maneiras.

(1) Primeiramente, se realmente tememos ao Senhor, temos uma vida de obediência aos seus mandamentos e damos sempre um “não” estridente ao pecado. Uma das razões por que Deus inspirou temor nos israelitas no monte Sinai foi para que aprendessem a desviar-se do pecado e a obedecer à sua lei (Êx 20.20). Repetidas vezes no seu discurso final aos israelitas, Moisés mostrou o relacionamento entre o temor ao Senhor e o serviço e a obediência a Ele (e.g., 5.29; 6.2, 24; 10.12; 13.4; 17.19; 31.12). Segundo os salmistas, temer ao Senhor equivale a deleitar-se nos seus mandamentos (Sl 112.1) e seguir os seus preceitos (Sl 119.63). Salomão ensinou que “pelo temor do SENHOR, os homens se desviam do mal” (Pv 16.6; cf. 8.13). Em Eclesiastes, o dever inteiro da raça humana resume-se em dois breves imperativos: “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos” (Ec 12.13). Inversamente, aquele que se contenta em viver na iniqüidade, assim faz porque “não há temor de Deus perante os seus olhos” (Salmos 36.1-4).
(2) Um corolário importante da conotação supra é que o crente deve ensinar seus filhos a temer ao Senhor, levando-os a abominar o pecado e a guardar os santos mandamentos de Deus (4.10; 6.1-2, 6-9). A Bíblia declara freqüentemente que “O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria” (Sl 111.10; cf. Jó 28.28; Pv 1.7; 9.10). Visto que um alvo básico na educação dos nossos filhos é que vivam segundo os princípios da sabedoria estabelecidos por Deus (Pv 1.1-6), ensinar esses filhos a temerem ao Senhor é um primeiro passo decisivo (ver o estudo PAIS E FILHOS).
(3) O temor de Deus tem um efeito santificante sobre o povo de Deus. Assim como há um efeito santificante na verdade da Palavra de Deus (Jo 17.17), assim também há um efeito santificante no temor a Deus. Esse temor inspira-nos a evitar o pecado e desviar-nos do mal (Pv 3.7; 8.13; 16.6). Ele nos leva a ser cuidadosos e comedidos no que falamos (Pv 10.19; Ec 5.2,6,7). Ele nos protege do colapso da nossa consciência, bem como a nossa firmeza moral. O temor do Senhor é puro e purificador (Sl 19.9); é santo e libertador no seu efeito.
(4) O temor do Senhor motiva o povo de Deus a adorá-lo de todo o seu ser. Se realmente tememos a Deus, nós o adoramos e o glorificamos como o Senhor de tudo (Sl 22.23). Davi equipara a congregação dos que adoram a Deus com “os que o temem” (Sl 22.25). Igualmente, no final da história, quando um anjo na esfera celestial proclama o evangelho eterno e conclama a todos na terra a temerem a Deus, acrescenta prontamente: “e dai-lhe glória… E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14.6,7).
(5) Deus promete que recompensará a todos que o temem. “O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, e honra, e vida” (Pv 22.4). Outras recompensas prometidas são a proteção da morte (Pv 14.26,27), provisões para nossas necessidades diárias (Sl 34.9; 111.5), e uma vida longa (Pv 10.27). Aqueles que temem ao Senhor sabem que “bem sucede aos que temem a Deus”, não importando o que aconteça no mundo ao redor (Ec 8.12,13).
(6) Finalmente, o temor ao Senhor confere segurança e consolo espiritual indizíveis para o povo de Deus. O NT vincula diretamente o temor de Deus ao conforto do Espírito Santo (At 9.31). Por um lado, quem não teme ao Senhor não tem qualquer consciência da sua presença, graça e proteção (ver 1.26 nota); por outro lado, os que temem a Deus e guardam os mandamentos dEle têm experiência profunda de proteção espiritual na sua vida, e da unção do Espírito Santo. Têm certeza de que Deus vai “livrar a sua alma da morte” (Sl 33.18,19; ver os estudos A MORTE e A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO.

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