Missões

Chorando Pelas Almas que São Enganadas

Você vê? Aqui está o que o evangelismo moderno não entende: você só consegue levar uma pessoa
até certo ponto. Você não percebe isso? E você não pode substituir o trabalho do Espírito de
Deus por algum pequeno método de tirar um versículo fora de contexto, levar a pessoa a orar
uma oraçãozinha e a declarar salva, de forma papal. Você não percebe isso? E você rouba
isso das pessoas com seu pequeno e estúpido evangelismo. Você rouba isso das pessoas.
Você me diz: “Você está tão bravo, suas palavras são tão duras… ” Porque eu não deveria
estar ao ver o evangelho ser prostituído desta forma? E homens correm por um algum
processinho. Você não entende? Pessoas não são números. Elas têm olhos com cores
diferentes. E eles têm cabelos com cores diferentes. E eles são diferentes em seus corações,
com diferentes problemas e choram por razões diferentes. E eles são pessoas! Eles não são
grupos de pessoas. Eles são pessoas. E eles precisam de Cristo. E você os faz passar por um
método patético e assinar um “cartão de decisão” e os declara salvos. E pela graça de Deus
alguns realmente são salvos, mas não é por causa de você; é apesar de você. E quanto a lidar
com uma alma? Qual valor você põe em uma alma? Em um caso um evangelista disse: “ore e
convide Jesus para entrar em seu coração”. A pessoa disse: “Bom, eu não me sinto confortável
em orar em voz alta”. “Não tem problema. Simplesmente ore em seu coração”. “Bem, eu
realmente não sei como orar”. “Está tudo bem. Eu oro por você e você repete as palavras
depois de mim”. Quantos de vocês já viram isso acontecer? “Você repete depois de
mim”. “Como é mesmo?” “OK, nós faremos assim: eu irei orar e se é o que você quer dizer a
Deus aperte a minha mão”. Eis o poder de Deus… Eles nem sequer mencionam Jesus. Eles
mencionam uma decisão e uma oração e a sinceridade deles, ou suposta sinceridade, no lugar
de: “eu sei que estou salvo; eu estou olhando para Jesus. Eu estou confiando nEle. Eu me
lancei sobre Ele. Eu fiz meu ‘depósito’ e eu sei que Ele é capaz de guardá-lo até aquele último
dia”. Algo contínuo e não uma “vacina”. “Já fiz isso”. Não, a evidência que você já “fez aquilo” é
que você continua o fazendo. Você entende? O primeiro se posiciona e ele está tremendo. O
soldado o acerta com a Iança e diz: “confesse”. E ele diz: “lesous estin Kyrios” – Jesus é
Senhor. E o soldado corta a cabeça dele e ele cai no chão. E o próximo toma seu lugar. “Jesus
é Senhor”. E eles o matam. E o próximo toma seu lugar. “Jesus é Senhor”. E eles o matam. E,
então, o evangelismo moderno na América pega essa passagem e eles dizem: “se você orar
agora essa oraçãozinha, você confessou Jesus como Senhor e você está salvo”. Você vê o
que nós fizemos? Isso não é nem perto o que o texto significa. É lamentável o que nós
fazemos. Você é salvo somente através da fé, crendo e olhando as Escrituras e o Espírito
testemunhando a você que isso é verdade e você confiando em Cristo. A evidência disso, que
você realmente creu e que sua vida foi transformada pela obra regeneradora do Santo Espírito
é que você passa a ser uma pessoa confessional. Com sua vida, você produz fruto. Com sua
boca, você confessa a Jesus Cristo, mesmo que isso custe sua vida.

Paul Washer
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Washer

Ser Missionário

Ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas a essência de ser cristã: “Anunciar o evangelho é necessidade que se me impõe”. (I Coríntios 9:16). É um compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. “Nenhuma comunidade cristã é fiel à sua vocação se não é missionária”.

Ser missionário não é só percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes, mas é a difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir ao encontro do marginalizado – o preferido de Jesus.
O evangelismo “com renovado ardor missionário” exige que a pregação do evangelho responda aos “novos anseios do povo”.
Exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. É a missão de fidelidade ao “envio” de Jesus: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20:21). Sem entusiasmo e esta convicção, arriscaremos perder a alegria do anúncio da boa-nova libertadora.
Como conseqüência deste assumir o compromisso missionário, nasce novo estilo de missões: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas partilhar e buscar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão nos permite criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de ser igreja.
E aí vai o desafio: como eu posso ser missionário em minha casa, no trabalho e na comunidade em que vivo? Assumo o compromisso de cristão, vivendo e transmitindo a boa-nova da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade, da acolhida?… Ser missionário é fazer uma decisão radical de entrega total ao reino de Deus em prol da promoção humana.

Monte Sião
amigosdeoracao.wordpress.com/2008/11/11/ser-missionario/