Ele e Nós

Mateus 13: 45-46
Aqui está uma pergunta que parece um enigma Bíblico, aliás dois enigmas em um. Qual foi a maior coisa que Deus já fez e…poderia Ele fazer alguma coisa maior?
Ele deu tudo de Si…e o fez por nós.
Pense no que Deus fez. Ele fez céu e terra, abriu Suas mãos e lançou a existência do cosmos. Ele “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1:3). O velho hino de colheita nos conta:
“Ele pinta a flor à beira da estrada, Ele ilumina a estrela na noite.
“Ventos e ondas O obedecem; por Ele  o mundo é alimentado”.
Ele fez tudo. Será que Deus pode fazer mais do que todas as coisas?
Bem, nós mesmos fazemos e criamos coisas, mas isto não é tudo o que fazemos. Nosso limite de capacitação não é o fazermos alguma coisa. Podemos dar e amar. Deus também pode. E Ele fez! “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu único Filho” (João 3:16).
Aquilo foi algo infinitamente maior do que criar estrelas.
Nós mesmos podemos fazer mais do que dar; podemos sacrificar. Podemos dar até que nos machuquemos, até que realmente sintamos a perda.  Deus pode fazer isto? Como Deus pode dar até que se machuque? Como Ele pode fazer um sacrifício? A Bíblia  nos diz que dar não O empobrece. MAS…mas…Ele deu até machucar e Ele se empobreceu. Ele deu tão sacrificialmente que isto se tornou o maior sinal de amor no mundo. Deus o Pai desistiu do Seu próprio Filho. Aquilo machucou definitivamente.
Deus não poderia substituir Seu Filho. Ele poderia substituir qualquer outra coisa, mas não Seu único Filho. Ele poderia fazer outra estrela, outra terra, outro universo e isto não custaria nada pra Ele, ou seja, Ele não perderia nada. Mas nada substituiria Seu Filho. Aquele Filho era realmente tudo pra Deus.! Você ficaria espantado se pudesse ver o quanto isto é verdade!
Deus se Esvaziou do Seu Maior Tesouro de Amor por Nós
As Escrituras às vezes usam de linguagem não tão comum por estar tratando com coisas incomuns. Algumas coisas são novas no mundo. Um texto fala do “grande amor de Deus por nós” (Efésios 2:4) – “Seu grande amor com que nos amou”, na versão de NKJV. O que este “grande amor” com o qual Deus nos amou? Essa é uma maneira peculiar de colocar as coisas, não é? Deus tinha um grande amor – Jesus Cristo, o Filho do Seu amor. Deus amou tanto o mundo que Ele deu o Seu amor, ou seja, o Seu Filho. Esse era o presente, o símbolo, o caráter e a medida do Seu amor.
Quando Deus deu o Seu Filho e Seu Filho deixou o céu, todo o céu sentiu sua partida, pois ele era a luz e deixou atrás de Si uma sombra, um crepúsculo na cidade eterna de Deus. Os anjos na glória O viram partir e eles não queriam deixá-lo ou mesmo vê-lo partir. Quando Jesus veio à terra, Ele arrastou meio céu com Ele; eles vieram com Ele até Belém para ver onde Ele estaria. Eles contaram aos pastores onde Ele estava. Os anjos sabiam que demoraria para Ele voltar. Mas havia uma coisa que eles não sabiam;  que seu amado Senhor passaria aqui, pobreza, estresse, luto, agonia no jardim, os chicotes maldosos dos Seus inimigos e a agonia do Calvário que iria além da resistência humana.
Contudo, Deus sabia o que viria. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,…” (II Coríntios 5:19). O Pai e o Filho eram um, e essa vinda, essa doação, esse amor, esse sofrimento, esse sacrifício, essa Cruz, somaram a maior coisa que Deus fez ou poderia fazer.
Jesus nos contou essa verdade em uma parábola. Um mercador encontrou uma fina pérola que valia uma fortuna e vendeu tudo o que tinha para comprá-la (Mateus 13:45-46). Este é o quadro de Deus Se esvaziando do Seu maior tesouro por nós.
Nós não tínhamos valor de troca e não parecíamos com uma jóia valiosa. Mas Ele nos tomou com toda nossa bagagem imprestável, podridão, dívidas e maldade. Ele nos tomou para Si, ignorando tudo que havia em nós de sujo e corrupto. Então como um camareiro celestial Ele nos limpou completamente, nos deu vestes de justiça, cingiu-nos de graça imaculada e nos fez aptos a entrar na presença do Rei em Sua beleza. Este esforço O encharcou no Seu próprio suor e sangue a caminho do Getsêmane e finalmente na terrível hora de diabólica agonia, foi pregado dependurado como um trapo a uma árvore.
Amor Sem Preço
Impossível para nós avaliarmos completamente as dimensões daquele presente. Este é o mistério mais profundo de todos os mistérios. Podemos ver a Cruz e a figura na Cruz, mas o que realmente estava acontecendo? Esta era à hora da reconciliação e a hora na qual o demônio foi derrotado. Alguma coisa transpirou entre Jesus no Calvário e Deus no trono. “Deus estava reconciliando o mundo Consigo mesmo em Cristo”. O que realmente significava aquilo não pode ser entendido por meros mortais,  pois aquilo era na mente de Deus. Compartilhar Suas experiências está além dos limites da mente humana. Ninguém sabe o que a Cruz significou para o Pai, mas isto mudou tudo.
Que coisa! Tudo que Ele fez por nós foi sem nenhum benefício próprio. Ele nasceu, viveu, foi tentado, batizado, pregou, ensinou e curou por nós; sofreu, morreu, ressuscitou, subiu a Deus e Ele está voltando por nós. Em nem um momento Ele fez algo por Si mesmo, pois cada momento foi como presente de ouro para nós. Ele foi sempre público, nunca secreto, sempre acessível e nunca privado.
Há pessoas que têm a audácia de perguntar: “O que Deus fez por mim?” Que pergunta ridícula! Deus fez tudo. Para começar, Ele deu Sua vida por nós. Nosso respirar mostra que existimos por causa do Seu cuidado. Deus é perfeito e não pode nos esquecer. O amor que Ele tem por nós, não tem preço. Ele nos fez para amar, para Si mesmo, e é por isto que Ele veio para nos salvar. O contrato para nossa redenção Deus escreveu com uma caneta molhada no sangue do Seu próprio Filho. Esta é uma verdade absoluta e certa.
O que Deus fez nos afetou para sempre e foi algo tão importante que todos precisam saber. Nós estamos todos envolvidos como uma família. O que Jesus fez na Cruz não é um fato para ser colocado de lado. Podemos também perguntar o que nossa mãe recebeu para fazer conosco. Podemos ainda ignorar o sol no céu. Goste ou não, Deus nos envolveu a todos neste grande ato Divino. O universo é moldado desta maneira agora.
A Cruz é o Centro
Principalmente cura e libertação do aflito. Ele continua trabalhando conosco e através de nós. Vemos o que Ele vê; aleijados andando, cegos e surdos restaurados. No início da igreja o milagroso era normal, e deveria ser, pois Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Paulo menciona os milagres que aconteceram na Galácia embora estivesse muito perturbado com a situação da igreja lá. Suas maravilhas de cura eram incomuns, maiores do que qualquer jamais vista. No sentido milagroso ninguém fez mais milagres do que Jesus.  Então, o que há mais pra fazermos que Ele não tenha feito e que Ele falou que era maior?
Há uma coisa que não vemos nos quatro Evangelhos. Não vemos o que Pedro viu no Dia de Pentecostes; milhares de homens se arrependendo e se voltando para Deus. Pedro tinha a chave de poder – o Evangelho que abriu o  reino de Deus para que 3.000 pessoas pudessem entrar. Jesus disse que há alegria no céu por um pecador que se arrepende. Ele não disse que o céu se alegra especialmente quando um aleijado anda ou um cego vê. Estes não são suas maiores obras. A grande coisa é quando pessoas se arrependem, cem para Cristo e são salvas. Este é nosso maior trabalho possível e muito mais importante do que ressuscitar dos mortos.

O sermão de Pedro e a surpreendente resposta de milhares de homens foram a primeira grande coisa da história. Nenhuns dos grandes profetas do Velho Testamento viram nada como aquilo. Seus impetuosos apelos e avisos a Israel foram inúteis. Quando o Espírito Santo veio toda a cena mudou. Era o tempo do Espírito Santo, e nós vivemos neste tempo agora.
Vivemos em  dias quando a verdade de que o Evangelho é tanto para corpo como para alma, foi recuperada. Milagres são possíveis. Muitas pessoas nos perguntam como eles podem receber o dom de cura. Se tais coisas acontecem, este é um ministério muito atrativo. Existe certo encanto quando, a uma palavra, um membro torto é endireitado. Que poder! Mas deve haver um equilíbrio. O Evangelho é a mensagem de milagres, mas a real prioridade, o grande propósito de Deus, é salvação. A salvação e a glória são a alegria de Deus. Sua real comissão é como Salvador do mundo. Jesus disse que é melhor entrar na vida mutilado, do que sem salvação (Marcos 9:43).
Para libertar todos os que estavam opressos pelo demônio, Jesus “saiu fazendo o bem” (Atos 10:38), mas para nos salvar Ele foi até a Cruz e ao inferno e voltou.
O grande tema nas cartas de Paulo, João e Pedro é sempre salvação. Esta era a prioridade deles. O desejo declarado de Paulo era usar cada meio possível para salvar algumas pessoas (I Coríntios 9:22). Jesus cura, mais que isto, Jesus salva!
Aquele que nos Batiza
Cristo nos explicou porque poderíamos fazer coisas maiores. Era “porque Eu estou indo para o Pai. Eu vou perguntar ao Pai e Ele vai dar outro Consolador” (João 14:12,16). É tempo de entender a importância da ascensão de Cristo. Jesus não subiu ao céu como final de um filme, ou para viver alegremente para sempre. Não era meramente um ato de triunfo ou uma demonstração de glória. Ele vai nos mostrar a Sua glória quando retornar. Enquanto isto Ele ascendeu ao céu por nós. O que Jesus fez ou faz, é sempre por nós. Em Sua forma ressurreta, Ele agora aparece na presença de Deus por nós.
Ele está lá, à direita da mão direita do Pai para cumprir a Sua promessa: a de nos batizar no Espírito Santo para que nos tornemos Suas testemunhas.
João Batista foi o precursor de Cristo. Ele introduziu Jesus a Israel, dando a Ele uma identidade especifica e maravilhosa. Ele é Aquele que batiza com o Espírito Santo (Mateus 3:11). Este é Jesus Cristo. Ele é o que batiza no Espírito Santo, foi a primeira coisa dita sobre Ele, quando Ele apareceu como centro das atenções. Entretanto, não temos relato de que Jesus jamais tenha feito algo parecido em toda a Sua vida na terra, ou em todo o Seu ministério. Ninguém diria que Jesus os tenha batizado com fogo e Espírito.
Não obstante, Sua identidade era como Aquele que batiza. Ele subiu ao Pai para se tornar Aquele que batiza. Hoje, Ele está batizando milhões por todo o mundo, mantendo Sua promessa cumprindo a promessa do pai. Sabemos a quem servimos, nós O identificamos: Jesus. Ele faz o que ninguém mais pode fazer. Nenhum grande fanático, nem fundador de qualquer fé, jamais mantiveram a promessa depois de Sua morte, para fazer esta coisa maravilhosa  e tremenda, que é batizar no Espírito. Quando as pessoas experimentam esta poderosa onda, elas sabem quem a concedeu. Foi Jesus.
Suficientemente bom para o Espírito Santo?
A única maneira de salvarmos almas é através do Espírito Santo. Ele é o poder de Deus para a salvação, aplicando tudo o que Jesus fez: Jesus morreu pelos pecadores para lhes trazer libertação. Um fato importante e intrínseco é de que as pessoas são salvas quando o Espírito Santo age na Palavra. Em toda a Escritura o Espírito Santo sempre esperou pela Palavra, não agindo soberanamente, exceto quando a Palavra já foi ouvida. Portanto, um importante princípio é: o Espírito Santo responde à Palavra e não simplesmente a oração. Oração sem a Palavra, não funciona. O Evangelho é a Palavra de Deus e quando o Evangelho é pregado, o Espírito Santo faz o que a Palavra diz.
Porque os Cristãos deveriam gastar a metade de suas vidas esperando para receber o Espírito Santo e poder? Esta é uma questão urgente. O mundo está precisando agora de testemunhas cheias do Espírito! É por esta geração que estamos responsáveis. Não é suficiente orarmos por avivamento por centenas de anos e sermos pacientes enquanto esperamos para Deus mover. As gerações estão passando. As pessoas morrem. Precisamos do Espírito, urgentemente, agora, para fazermos o trabalho de Deus.
Pregadores têm freqüentemente pregado sobre “Porque o avivamento demora”. Mas um bom sermão que está esperando para ser pregado é: “O que está errado com a Igreja?”  Eles poderiam facilmente juntar algumas razões e conversar sobre elas por uma meia hora. Uma boa razão pela qual o avivamento demora é, exatamente alguns sermões e livros sobre o porquê o avivamento demora! Uma barreira de dúvidas é criada, destruindo a confiança na preparação da igreja. Os ouvintes sabem muito bem que eles são inadequados. As pessoas são desestimuladas, sentindo que a igreja nunca vai ser boa o suficiente, nunca é tão espiritual que esse avivamento vai surgir como fogo adormecido.
Esta é a pura verdade. Nunca vamos ser bons o suficiente para o Espírito Santo. Realmente, jamais podemos nem mesmo esperar ser. Ele é totalmente santo. Mas Cristo mandou o Espírito sobre nós, não porque somos Cristãos maravilhosos, mas exatamente porque não somos! Não há esperança para nós, mas o Espírito é presente de Deus especificamente para o fraco, para compensar nossa fraqueza. Somos todos tão desajeitados, tão ineptos, povos sem esperança. O coração de Deus está ardente pela salvação de Suas criaturas, Ele não fez milhões de vidas na terra como combustível para as chamas do inferno ou para preencher uma eternidade sem Cristo.
. Ele os fez para o céu. Ele mandou o Espírito Santo que é o real trabalhador e nós somente Seus servos e Seus agentes. Ele pode fazer isto e somente quer nossa cooperação. Ele é o poder e não a nossa santidade.
Podemos ser infames, talvez tropeçando no nosso caminhar, mas isto faz com que tenhamos necessidade de receber o Espírito Santo. Ele não é dado somente se formos perfeitos. Se os santos fossem os únicos capazes de mostrar o caminho da salvação, quantas pessoas seriam salvas? Se o perdido não pode ser alcançado até que a igreja alcance um alto estado de espiritualidade, quando é que serão alcançados? Esperar para que alcancemos absolutamente nada; não se preocupar com uma vida perfeita, assegurará que o céu está vazio e o inferno cheio. Deus quer o oposto disto. Ele fez Seu maior esforço e Seu maior sacrifício para que as pessoas sejam salvas, e Ele não depende do quanto somos perfeitos, até que estejamos andando conforme o livro. Devemos buscar a santidade e a Bíblia nos encoraja a isto, mas a salvação das almas não pode esperar até que a encontremos. Os planos de Deus sempre incluíram o dom do Espírito, como motivo e efeito do poder que estão por detrás da Grande Comissão. Não há jeito sem isto.
Foi um grande acontecimento quando Jesus veio do céu para a terra e foi também quando Ele voltou. Mas Ele deixou a terra; Seu mundo, por nós, mundo do Seu nascimento e trabalho, onde Seu sangue manchou o chão. Ele retornou ao lugar de poder cósmico e tomou Seu lugar no trono do universo. Com que triunfo! Que canções de vitória. Que dia de gala no céu! Que chama de glória, que exuberância! Os anjos, puros espíritos como são, chamas de fogo, certamente dançaram de alegria porque o seu Senhor havia voltado do campo de batalha. Maravilhoso! Mas o que? O que significava tudo isto? Efésios 4:10 e 4:8 diz que Ele  “subiu mais alto de todos os céus…e deu dons aos homens”. Esta foi a importância da ascensão de Cristo ao lugar de poder – para nos dar poder para vencer nossa corrida. Onde quer que haja mesmo que seja uma minúscula oportunidade, uma simples palavra para Jesus, o Espírito Santo vai abençoar.
Responsabilidade Pelas Almas
Quando o pai das missões modernas, William Carey, quis ir à Índia e impetuosamente argumentou seu caso, foi-lhe dito para sentar enquanto Deus podia fazer o que Ele queria, sem ele. Pergunta-se como era o conhecimento Bíblico naqueles dias! Está implícito em cada página que o que Deus faz, Ele faz através da agência humana. Ele escolheu pessoas sempre que Ele quis fazer algo no mundo. Do contrário, porque eles são mencionados na Bíblia? Abraão, Moisés, Davi, os profetas, os apóstolos, os trabalhadores junto com Ele? Eles não permitiram Deus fazer tudo isto. Deus com certeza tem servos!
Parece quase assustador, mas carregamos a responsabilidade pelas almas. Temos o que eles precisam e o que eles devem ter. Paulo disse que era devedor dos Gregos, Judeus e Bárbaros. A maior falha de Israel foi manter Deus para eles mesmos como uma posse ciumenta. Eles são uma advertência para não fazermos o mesmo.
Há dois bilhões de pessoas na terra que conhecem o nome de Jesus, e pelo menos 600 milhões  o conhecem como Salvador, o que é um em dez da população do mundo. O poder do Espírito Santo está conosco. Ele é fogo. Fogo para ser espalhado pela terra. Nosso convite hoje é para acender um fósforo, começar um fogo onde estamos, e veremos as chamas circundando o globo. Hoje é dia do poder de Cristo, e somos nós que vamos liberá-lo. Este é o dia de Deus, não da nossa glória, mas Sua. Nada somos em nós mesmos. Tudo o que temos que fazer é deixar que Deus faça Sua maravilhosa vontade!

Reinhard Bonnke
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Adoração – O Evangelho Eterno

A palavra do Senhor é simplesmente surpreendente. Cada vez que a lemos certamente descobrimos, através da iluminação do Espírito Santo, revelações novas para nortear nossa vida de adoração ao Deus verdadeiro e de comunhão com os nossos irmãos e irmãs.
Nestas últimas semanas, tenho compreendido cada vez mais a respeito da adoração e vou compartilhar aqui algumas dessas verdades, mas, é claro, não vou esgotar o assunto, pois, cada vez que abrimos a Bíblia, como já disse, vamos ver um aspecto diferente da mesma verdade. Não que haja diferentes verdades, mas, diferentes aspectos, faces de uma mesma verdade, pois, a verdade de Deus é sempre absoluta, mas, a mesma vai sendo revelada gradativamente. Se assim não fora nem mesmo teríamos condições de absorver tanta coisa maravilhosa. Graças a Deus pela gradatividade das revelações.
Em Apocalípse 14.6-8 lemos: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição.”
O texto acima nos fala de um evangelho eterno para ser pregado a cada nação, tribo, língua e povo… Para ser pregado em grande voz… E o teor desse evangelho eterno é: TEMEI A DEUS E DAI-LHE GLÓRIA, POIS É CHEGADA A HORA DO SEU JUÍZO… E ADORAI AQUELE QUE FEZ OS CÉUS, A TERRA, O MAR E AS FONTES DAS ÁGUAS…
Que texto claro a respeito da adoração ao Deus Criador. Este texto nos fala de um evangelho eterno, ou seja, a adoração ao Deus verdadeiro já acontecia antes da criação de todas as coisas e depois de tudo que existe deixar de existir, Deus continuará sendo adorado. Antes do princípio de todas as cosas Ele era adorado pelos santos anjos, hoje Ele é adorado pelos santos anjos, por homens, mulheres, adolescentes, crianças de toda e qualquer religião que o reconhece como o Deus Criador, mas, virá o dia em que o Senhor será adorado somente por anjos, homens e mulheres que aceitaram a redenção por meio do sacrifício, do sangue de Jesus Cristo, pois estamos vivendo na dispensação (espaço de tempo) da graça enquanto Deus aguarda que mais e mais pessoas se convertam a Ele através do meio legal que Ele mesmo estabeleceu – Jesus Cristo. Vivemos dias onde as pessoas são religiosas e, a religião é o que elas estão preparando para oferecerem a um Deus que não está interessado em religião e sim nas pessoas, propriamente ditas. É importante frisar que a religião, na sua maioria reconhecem a Deus como o Criador, Arquiteto do Universo, Origem de tudo e todos, Aquele lá de cima, enfim, cada pessoa reconhece, de alguma forma que Deus é Deus. Até mesmo o ateu, ao negar a existência de Deus afirma que Ele existe. Pois, se não existisse não precisava ser negado. Mas, o que necessita ficar claro é que Deus elegeu um meio através do qual qualquer pessoas pudessem se achegarem a Ele… e esse meio, essa ponte, essa ligadura é Jesus Cristo. Segundo os estudiosos a palavra religião vem do termo “religare”, ou seja, o ser humano é religado, ligado de novo ao Deus Criador. Jesus Cristo é exatamente esta conexão com Deus, logo, Jesus Cristo é a nossa religação, nossa religião.
Não basta apenas crer que existe Deus. Adorá-lo é preciso. Não há adoração sem sacrifício sobre o altar. Para isso precisamos de um cordeiro – Jesus é o cordeiro, o sacrifício através do qual temos acesso ilimitado ao trono da graça, pela graça, de graça.
Hebreus 11.6-11 “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam. Pela fé, Noé… sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa… Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa… porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador. Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa.”
No tempo presente, os verdadeiros adoradores já estão em franca operação e crescimento, mas, de certa forma estão misturados com todos aqueles que, mesmo que ainda não tenham se posicionado em relação ao maravilhoso sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo – Jesus Cristo – acreditam no poder de Deus. E esse maravilhoso e misericordioso Deus, aguarda para que os mesmos se convertam a ele seguindo os princípios que estão claramente expostos na Bíblia Sagrada. Pois, o desejo do Senhor… “O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” Essa verdade é Jesus Cristo. Disse Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6)
Voltando ao assunto, o livro do Apocalipse nos fala de um evangelho Eterno que diz: Adorai a Deus e dai-lhe glória… , ou seja, a adoração é tão eterna quanto à Única pessoa digna de recebê-la… a pessoa do próprio Deus. A adoração existe antes de tudo e todos. Acho que até mesmo antes do anjos. Quando os anjos foram criados já estava intrínseco neles, já havia um pressuposto de que o Deus Eterno deveria ser adorado somente. Quanto à terça parte dos anjos que negligenciaram este chamado íntimo, precipitados foram na maldição da queda junto com lúcifer, antigo anjo de luz que hoje é conhecido como anjo das trevas. A adoração ao verdadeiro Deus existe antes dos ídolos de madeira, cerâmica ou metal. A adoração ao verdadeiro
Deus existe antes de todos santos e santas e de toda e qualquer forma de idolatria e dependência psico-emocional aos humanos notáveis que viverão na presença do Deus Altíssimo. Santos todos foram, pois a palavra “santo” significa “separado por Deus ou para Deus” e também significa “puro, limpo, etc”. Puro, enquanto ser humano, somente o Senhor Jesus Cristo foi puro, sobre quem afirma as Escrituras: “o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca.” (1 Pedro 2.22).
Mas, no aspecto de homens e mulheres consagrados, separados por Deus e para Deus, sim, todos eram santos… Até mesmo aqueles que, apesar de serem reconhecidos por Deus em sua palavra como sendo santos não o são pelas religiões que, pela prática aberta da idolatria diluem a fé de pessoas de bem que são, muitas vezes, mais fiéis à doutrina equivocada ensinada por suas religiões do que à palavra de Deus propriamente dita, a qual é a verdade absoluta de Deus para todos os homens e mulheres.
Exitiram os santos? É claro que sim. Falta espaço para citar o nome de todos os santos: São Adão, Santa Eva, São Sete, São Noé, São Enoque (esse foi tão santo que, assim como o São Elias, foi levado vivo para o céu.)… São Abraão, Santa Sara, São Jetro, São Melquisedeque, Santo Isaque, São José do Egito, São Davi, São Salomão, Santo Isaías, Santo Jeremias, São Daniel, São Elias, São Elizeu (esse santo recussitou morto até depois de morto), depois, no Novo Testamento vemos São Pedro, São João, Santa Maria (mãe do Senhor), Santa Maria Madalena (que foi liberta dos demônios), São João, São Mateus, São Marcos, São Lucas, São Paulo, enfim, todos santos, separados por Deus e para Deus. Porém, somente um dentres todos esses santos e santas, somente um ressuscitou de entre os mortos e nunca mais morreu – São Jesus Cristo de Nazaré. Portanto, somente Ele é o mediador entre Deus e os homens. Ele é o Único que continua ressurreto, que subiu aos céus e se assentou à direita de Deus Pai, o Eterno. Por isso afirma as Escrituras: “Porquanto há um só Deus e um só MEDIADOR entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.” (1 Timóteo 2.5,6).
É muito importante reconhecer a vocação de todos os santos e santas, inclusive os do Antigo Testamento dos quais alguns nomes eu citei nesta breve coluna. Mas, só Jesus Cristo de Nazaré é o Cordeiro escolhido por Deus para propiciar a nossa salvação. Portanto, Ele é o Único através de qual nos aproximamos de Deus para o adorá-lo. Ele é o Caminho oficial estabelecido por Deus. Lembre-se: sem o cordeiro não há adoração – Jesus Cristo é o cordeiro… apenas isto.
Pastor Antônio Cirilo
Ministério Santa Geração
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